Uma paralisação de motoristas de ônibus do transporte público, entre a madrugada e o início da manhã desta quinta-feira (1º), causou transtornos aos passageiros na região do Ouro Verde, em Campinas, e em linhas de transporte de Valinhos.
O movimento durou cerca de duas horas, das 4h até por volta das 6h. Após esse horário, os veículos começaram a sair das garagens e o serviço voltou ao normal.
O movimento envolveu funcionários da empresa VB1, que atua em bairros como Vida Nova, DCIs e Aeroporto de Viracopos, em Campinas, e da empresa SOU, de Valinhos.
Conforme o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros da Região Metropolitana de Campinas (SetCamp), pelo menos 25 mil pessoas sofreram prejuízos com a interrupção do serviço (veja nota da entidade abaixo).
Conforme o sindicato dos motoristas, a paralisação ocorreu em razão da negociação salarial, que está parada, sem acordo entre as partes – funcionários e empresas – desde a data-base da categoria, em maio.
A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) informou que a manifestação afetou de maneira parcial o transporte de Campinas, impactando 58 linhas operadas pela VB1.
“A Emdec lamenta que a reivindicação salarial tenha reflexos e prejuízos aos usuários do sistema e vai adotar as medidas judiciais cabíveis”, disse ainda a empresa em nota.
SetCamp
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros da Região Metropolitana de Campinas (SetCamp) também divulgou nota sobre a paralisação.
A entidade disse que a atual diretoria do Sindicato dos Rodoviários foi eleita há menos de 30 dias, estando até então sob intervenção judicial e que “as negociações com a atual diretoria recém-empossada estavam sendo realizadas com o SetCamp, dentro de um processo, até então, considerado normal e que as mesmas não haviam se encerrado”.
O SetCamp afirma que a manifestação ocorreu sem aviso prévio. Ainda segundo o informe, “o SetCamp continua aberto ao diálogo, desde que atitudes contrárias às leis vigentes e que sejam prejudiciais aos que precisam de transporte, direito de ir e vir, garantido na Constituição, sejam respeitados”.