Jardim Santo Antônio e os DICs III, V e VI serão os bairros visitados pelo primeiro mutirão contra a dengue em 2024. A Secretaria de Saúde de Campinas definiu que ação ocorrerá no dia 6 de janeiro, na região Sudoeste. Além disso, com objetivo de manter ações quinzenais, foi estipulada agenda até março para combate a criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença.
As medidas ocorrem em meio ao alerta da Pasta para um possível aumento expressivo do número de casos da doença a partir do início do ano, por conta de uma série de fatores.
O Jardim Santo Antônio já consta, ao lado de sete bairros, no alerta divulgado em 18 de dezembro. Os outros três escolhidos são próximos, tiveram casos de moradores infectados pelo vírus da dengue, e por isso foram escolhidos para a ação de combate aos criadouros.
“As ações de combate ao mosquito são muito importantes, elas auxiliam na redução de criadouros disponíveis para evitar que os mosquitos nasçam. O Aedes aegypti, depois de infectado, continua transmitindo a doença até o final da vida, que é por volta de 30 dias. Portanto, não deixar o mosquito nascer é a melhor forma de combate à doença”, destacou a assessora técnica do Devisa Priscilla Pegoraro, articuladora da intersetorialidade no Comitê Municipal de Enfrentamento das Arboviroses e Zoonoses.
A iniciativa reúne funcionários da empresa Impacto Controle de Pragas, que usam uniforme formado por camiseta branca, com logo da empresa, e calça na cor cinza. Além disso, o trabalho deve contar com um caminhão cata-treco. Em caso de dúvida, ligue para o 156.
Outros bairros em alerta são Centro e Mansões Santo Antônio, na região Leste; Jardim Florence 2 – Noroeste; Jardim do Lago – Sul; Jardim Eulina e Parque Via Norte – Norte; Jardim Adhemar de Barros – Sudoeste.
Próximas agendas
A Saúde já definiu as datas de mais seis mutirões até março. Já os locais alvo são definidos mais próximos das datas, uma vez que é preciso considerar a situação epidemiológica.
– Janeiro: dia 20
– Fevereiro: dias 3 e 17
– Março: dias 2, 16 e 30
Os mutirões de combate à dengue eram realizados “quando necessário” e, a partir de janeiro, passam a ser sistemáticos, a cada 15 dias. A frequência pode ser alterada caso haja reavaliação. Os trabalhos são um “extra”, uma vez que diariamente há vistorias, visitas a imóveis e nebulizações. O mais recente foi no Jardim Eulina, em 16 de dezembro.
A cidade declarou epidemia em abril e já registrou neste ano 10.823 casos confirmados e três óbitos pela doença. O cenário pode piorar se houver reintrodução dos vírus tipos 3 e 4, não registrados localmente há 14 anos e nove anos, respectivamente, mas que já causaram infecções em outros municípios em 2023. Desta forma, os grupos mais vulneráveis são crianças, adolescentes e adultos que não tiveram contato com a doença antes.
Há risco de dengue grave quando uma pessoa é infectada por um tipo diferente ao anterior.