Com a chegada do outono, as oscilações de temperatura e baixa umidade relativa do ar podem trazer diversos incômodos. Tudo devido ao ar mais seco que aumenta a concentração de poluentes na atmosfera e, as baixas temperaturas e poluição do ar, aumentam os riscos de doenças respiratórias como resfriado, gripe, crise de asma, bronquite, sinusite e rinite.
As propriedades da água aquecida colaboram para o tratamento dessas doenças que têm seus períodos de crise intensificados nessa época do ano. No caso da natação, a umidade da água aliada aos exercícios coordenados com a respiração melhoram, segundo especialistas, o retorno venoso o que dificulta as chegadas das crises de asma, bronquite e resfriados, como exemplos.
“A umidade do ambiente da piscina já é um local que ameniza mais esse incômodo do que fora dela. Durante a atividade, você treina na posição horizontal, onde trabalha a respiração em todo momento. O movimento do pulmão, de inspiração e expiração, dilata os brônquios pulmonar, aumentando a frequência de sangue nas veias. Isso ajuda a fortalecer o músculo responsável pelas atividades cardio respiratórias do organismo, evitando o fechamento dos brônquios, ajudando, assim, nas crises asmáticas. O principal benefício da natação é a parte respiratória”, explica Renato Luis Fioravante, assessor esportivo e proprietário da Aqua Fiori Assessoria.
Renato conta que viu os benefícios da atividade na própria filha Alice Pereira Fioravante, de 4 anos, que sofria de asma. “Ela tinha crise asmática uma vez por mês e, em janeiro deste ano, colocamos ela três vezes por semana na natação. Há três meses, o quadro foi isolado e minha filha não toma mais remédios de crises asmática, fora a melhora da qualidade de vida, segurança e saúde da Alice”, diz o professor de natação.
A recepcionista Larissa Cristina Leme do Amaral, de 19 anos, foi diagnóstica com asma em agosto de 2019 e começou o tratamento com a bombinha, três vezes ao dia. Devido ao aumento das crises, após 4 meses de tratamento, foi constatado pelo seu pneumologista que o remédio não fazia mais o efeito desejado. Segundo Larissa, foi trocado o medicamento e aumentado a dosagem. Até que, em outubro de 2020, Larissa iniciou aulas com Renato. “Desde então comecei a praticar a natação, duas vezes na semana, onde senti rapidamente um efeito gigantesco em minha respiração. Comecei a diminuir a dosagem por contra própria, pois estava segura e sem crises, até que chegou o dia que eu não estava mais precisando inalar nenhuma dose”, detalha a estudante.
Em maio do ano passado, Larissa precisou recorrer novamente ao pronto socorro, devido ao pulmão estar bem carregado e precisou recorrer à inalação. Ela explica que ainda toma medicamento em caso de alguma crise, mas que utilizou apenas duas doses da medicação durante este período.
“A natação engloba diversos benéficos para nossa saúde, tanto física, respiratória quanto mental. Esse foi o melhor esporte que decidi realizar, hoje estou livre de qualquer medicação, e continuo firme e forte com o meu esporte favorito a natação”, diz Larissa.
Isabela Mota, estudante de nutrição de 19 anos, também sofreu com crises asmáticas desde a infância e credita o caminho do equilíbrio da saúde também à prática da natação. “Sempre tive asma e precisei aprender a me controlar a vida inteira. Os pneumologistas sempre me aconselharam a fazer natação, até que, em setembro de 2020, minha vida mudou após a primeira aula”, recorda Isabela, que também é aluna do professor Renato.
“Na primeira aula que tive notei uma diferença drástica e já não precisei usar a bombinha para a asma”, diz a estudante, que se sente realizada por inteiro com o esporte. “A natação atinge tanto o lado físico quanto o emocional. Estava passando por um momento difícil e na aula é um momento de pura conexão pessoal, onde se se conecta com o seu eu”, completa a estudante, que hoje até participa de campeonatos.