O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, alertou neste sábado (28) que a guerra contra o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza será “longa e difícil”, mas o exército “destruirá o inimigo na terra e no subsolo”.
“A guerra na Faixa de Gaza será longa e difícil e estamos prontos para ela”, declarou numa conferência de imprensa em Telavive, em que anunciou que o seu Governo aprovou uma extensão da “invasão terrestre” da Faixa de Gaza.
“Aprovamos por unanimidade a ampliação da invasão terrestre”, disse Benjamin Netanyahu, quando na realidade essa invasão já começou na noite de sexta-feira e se intensificou ao longo do dia de hoje.
“O nosso objetivo é concreto: derrotar um inimigo assassino. Declaramos ‘nunca mais’ e reiteramos ‘nunca mais'”, disse Netanyahu.
Uma “segunda fase” começou agora com a entrada de mais forças terrestres em Gaza a partir de sexta-feira à noite, referiu, e o objetivo é a “destruição da capacidade militar e de governação do Hamas e o regresso dos reféns às suas casas”.
Netanyahu negou que os militares israelitas estejam cometendo crimes de guerra.
“Aqueles que acusam as forças de defesa de Israel de crimes de guerra são hipócritas. Apelo aos civis de Gaza para que se retirem para o sul da Faixa de Gaza (…). O inimigo usa cinicamente hospitais e abrigos (…). Israel está a travar uma batalha pela humanidade e contra os bárbaros”, declarou.
Ainda sobre o desenvolvimento da ofensiva, Netanyahu lembrou que na primeira fase foram lançados “ataques aéreos” que desferiram “um duro golpe no inimigo”.
No entanto, “estamos apenas no início. A batalha dentro da Faixa de Gaza vai ser difícil e longa. Esta é a nossa segunda guerra de independência. Esta é a missão da minha vida”, reafirmou.
Quanto aos reféns, Netanyahu reuniu-se hoje com as famílias dos 229 retidos pelo grupo Hamas em Gaza e disse-lhes que Israel “esgotará todas as possibilidades” para conseguir o seu regresso.
Um total de 7.703 pessoas morreram e 18.967 ficaram feridas pelos bombardeamentos em Gaza desde 07 de outubro, quando uma incursão surpresa do Hamas em solo israelita custou a vida de 1.400 pessoas, sobretudo civis. Outras 229 foram sequestradas e permanecem nas mãos do grupo islamita.