Uma pessoa morreu após um ataque com arma de fogo em uma escola do bairro de Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (23).
As informações estão ainda em apuração, mas testemunhas afirmam que um atirador entrou na unidade e começou a atirar a esmo pouco antes das 8h. Ele baleou três jovens. Uma não resistiu. Ela tinha 17 anos. O Hora Campinas apurou que o primeiro nome dela é Giovana. A estudante cursava o 3º Ano do Ensino Médio. Todas as vítimas são mulheres.
A PM foi acionada por volta das 7h30 para a Escola Estadual Sapopemba. O atirador foi detido. Ele estava com o uniforme da escola. Os feridos foram encaminhados para o Pronto-Socorro do bairro. A arma utilizada no crime foi apreendida.
Quando souberam do ataque, pais dos estudantes correram desesperados para o colégio.
Nota do governo de SP
O Governo de SP lamentou “profundamente” e se solidarizou com as famílias das vítimas do ataque ocorrido na manhã desta segunda-feira (23) na Escola Estadual Sapopemba. “Nesse momento, a prioridade é o atendimento às vítimas e apoio psicológico aos alunos, profissionais da educação e familiares”, acrescenta o texto.
“Durante o ataque a tiros, três alunos foram atingidos. Uma aluna morreu e outros dois feridos estão sendo atendidos no Hospital Geral de Sapopemba, sendo um deles que se machucou ao tentar fugir durante o ataque. A Polícia Militar foi acionada e apreendeu o autor dos disparos e a arma utilizada por ele.”, conclui o informe oficial.
Violência em escalada
Segundo o movimento Avaaz, que monitora a violência nas escolas, 37 pessoas morreram desde 2012 em ataques registrados em colégios no País. A estatística não inclui a vítima desta segunda-feira (23).
O último caso de grande repercussão ocorre neste mês de outubro, em Poços de Caldas.
Especialistas têm reiterado que o problema é de difícil solução e que exige envolvimento de toda a sociedade, sejam famílias, educadores, Executivo, Legislativo, Judiciário e agentes da Segurança Pública.
Analistas observam a importância de se regular o ambiente digital.
Algumas iniciativas têm sido bem-sucedidas no sentido de cobrar das plataformas de internet maior controle sobre o conteúdo. Mas esse esforço é lento e impõe uma nova cultura digital entre jovens e crianças.
Ministro repudia
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, usou a rede social X para expressar solidariedade às vítimas, famílias e à comunidade escolar. Segundo o ministro, “o Laboratório de Crimes Cibernéticos do Ministério da Justiça foi acionado para auxiliar a polícia de São Paulo a aprofundar as investigações”.
Denúncias
Denúncias sobre ameaças de ataques podem ser feitas ao canal Escola Segura, criado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com SaferNet Brasil.
As informações enviadas ao canal serão mantidas sob sigilo e não há identificação do denunciante.
Acesse o site para fazer uma denúncia.
Em caso de emergência, a orientação é ligar para o 190 ou para a delegacia de polícia mais próxima.
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