A Região Metropolitana de Campinas (RMC) registrou em 2023 21% menos ocorrências com pipas na comparação com 2022, de acordo com balanço divulgado pela CPPFL Paulista. Campinas foi a cidade com mais casos: 543 e 22,4% a menos que no ano anterior.
A tendência de queda no número de acidentes no comparativo se manifestou em 2023 na maioria das cidades da área de abrangência da companhia, mas houve municípios em que ocorreu alta significativa, como Piracicaba, Americana, Itatiba e Amparo.
Levando em consideração o total regional, a quantidade de acidentes tem diminuído desde 2021, quando 2.154 ocorrências foram registradas. No ano seguinte, a soma baixou para 2.066, enquanto em 2023 foram 1.630 ocorrências.
Com as férias escolares de verão, a CPFL volta a reforçar as orientações de segurança para evitar acidentes. A principal delas é nunca empinar pipas perto da fiação elétrica. Os locais ideais para essa brincadeira são campos abertos. Também é importante evitar a prática no entorno de rodovias e canteiros de avenidas, onde não só a rede de energia exige atenção, mas também o tráfego de veículos pode ser um fator de risco.
Caso o brinquedo caia próximo a equipamentos ou fiação do sistema elétrico, orienta a CPFL, pode ser até tentador, mas em hipótese alguma tente resgatá-lo.
“Qualquer pessoa que se aproxima da rede, utilizando objetos para facilitar o alcance da pipa, se expõe a risco de sofrer descargas elétricas. E um choque pode ser fatal”, afirma Marcos Victor Lopes, gerente de Saúde e Segurança Trabalho do Grupo CPFL Energia.
A companhia também reforça a proibição do uso de cerol ou da chamada ‘linha chilena’. Segundo Marcos Victor, por conduzirem energia, as substâncias usadas nessas linhas aumentam os riscos de choque, quando em contato com a rede elétrica.
“Essas linhas podem romper cabos da rede e provocar curtos-circuitos, interrompendo o fornecimento de energia e colocando em risco a vida de pedestres, ciclistas e motociclistas.” O uso de cerol ou linha chilena são considerados crime em São Paulo, de acordo com a Lei Estadual no. 12.192, de 2006.
Em caso de ocorrências do tipo, a CPFL Paulista orienta as pessoas a ficarem o mais distante possível do fio partido. Se houver vítimas no local, Corpo de Bombeiros, SAMU ou outro órgão de socorro médico deve ser acionado imediatamente.
Outras orientações
- Evite “rabiolas”. Esse adereço pode até ser bonito, mas o risco de embaraçar nos fios elétricos é grande. Se isso ocorrer, pode causar desligamento do sistema ou provocar choques, muitas vezes fatais;
- Não utilize linhas metálicas, como bobinas de fio de cobre, ou papel alumínio na confecção do brinquedo. Esse tipo de material potencializa risco de curtos-circuitos;
- Nenhum objeto é seguro para resgatar uma pipa da fiação, nem canos, bambus, tampouco linhas para laçá-la;
- Essa brincadeira não é para dias de chuva. A pipa funciona como para-raios, atraindo raios e relâmpagos, e conduzindo energia até a pessoa que a está empinando.
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