As inundações no leste da Líbia, que aconteceram durante a tempestade Daniel pelo país, provocaram mais de 3,8 mil mortes, segundo um novo balanço divulgado neste sábado (23) pelas autoridades locais. Ainda há dez mil desaparecidos.
A passagem da tempestade, na noite de 10 para 11 de setembro, provocou inundações e a destruição de duas barragens, criando uma onda de água parecida com um ‘tsunami’, que inundou e destruiu a cidade de Drena, no leste da Líbia.
O novo balanço provisório aponta para pelo menos 3.845 mortos, anunciou o porta-voz de um comitê de supervisão da ajuda humanitária, formado pelo governo de leste, Mohamed Eljarh, citado pela Agência France Presse.
Este número, que inclui apenas os corpos enterrados e registados pelo ministério da Saúde, “prevê-se que aumente diariamente”.
Mohamed Eljarh explicou que os corpos enterrados às pressas pelos habitantes, nos primeiros dias após a catástrofe, não foram contabilizados.
Ainda de acordo com o porta-voz, as autoridades trabalham para identificar as vítimas enterradas sem identificação, bem como os desaparecidos, cujo número aumentou para mais de dez mil, segundo estimativas das autoridades e de organizações humanitárias internacionais.
Mohamed Eljarh apelou aos habitantes que comuniquem os nomes dos desaparecidos em dois gabinetes criados pelo procurador-geral de Drena.
Entretanto, continuam as buscas para encontrar corpos sob os escombros e no mar. Pelo menos nove equipes estrangeiras participam das buscas.
Mais de 43 mil pessoas foram deslocadas devido às inundações, de acordo com os dados mais recentes da Organização Internacional para as Migrações (OIM).
O Ministério Público líbio abriu há uma semana uma investigação sobre a ruptura das duas barragens, construídas na década de 1970, e sobre a atribuição de verbas para a sua manutenção.