Quando nos deparamos com um profundo sentimento de tristeza, autodesvalorização, culpa, pessimismo, sensação de vazio, irritabilidade, mudanças de humor com a sensibilidade “à flor da pele” (…que qualquer beijo de novela faz chorar…).
Falta de energia, fadiga, lentidão nos movimentos, isolamento, perda de libido, dificuldade de receber ou transmitir afeto, aumento ou perda de apetite.
Desesperança, luto, pensamentos suicidas ou de morte, avaliação negativa de si mesmo, do mundo e do futuro. Desnorteamento (não sabe para onde ir, o que fazer…)
Mal-estar, cansaço, queixas digestivas, dor no peito, taquicardia, sudorese. Insônia, preguiça ou cansaço excessivo, lentificação do pensamento, baixa concentração, queixas de falta de memória, de vontade e de iniciativa.
E vem sentindo há mais de duas semanas, de forma constante, pode ser depressão.
A depressão é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o “Mal do Século” e a doença mais incapacitante do mundo. Pode causar sofrimento e disfunção no trabalho, na escola ou na família. Em seu pior momento, pode levar ao suicídio, sendo a segunda principal causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos.
É uma doença que muitas pessoas, até por falta de conhecimento, acham que não existe. Ou então, acreditam que basta “querer” para reagir e melhorar. Não é bem assim!
É preciso que se esclareça que depressão é uma doença e tem tratamento. O ideal é que seja acompanhada com medicamento e psicoterapia, atendido por profissionais autorizados e preparados para este fim.
É um processo em que a cura chega a demorar anos, em alguns casos, meses. A família precisa ter muita paciência, pois se cria uma ansiedade enorme de ver aquela pessoa que tanto amamos voltar a ser o que era.
Eu tive depressão por três anos aos 37 anos. Que sofrimento…no entanto, mesmo doente, eu tinha que trabalhar. A mudança começou quando mudei de São Paulo para Minas Gerais. Percebi que ali era o meu lugar para a cura. Era em Pocinhos do Rio Verde, onde iniciei o trabalho de massoterapia no Balneário, que eu ficava bem. Quando viver passou a fazer novamente sentido.
Sem a dor no peito, diminuíram drasticamente as angústias e acordava bem. Ou seja, estava resgatando minha vontade de viver. Claro que além da mudança de estado, fui medicada por psiquiatra, passando por psicoterapia e fazendo muito exercício físico.
O oposto da depressão não é felicidade, mas sim vitalidade!
Márcia Romão é Psicóloga Junguiana. Desenvolve Consultoria Empresarial e atendimento clínico em Campinas e região. Instagram: @marciaromaopsi