Um filhote de onça-parda foi flagrado pelas câmeras instaladas no recém-inaugurado Minipantanal Sanã, na Mata de Santa Genebra. Nas imagens, é possível notar ao fundo os olhos brilhantes de mais duas onças, da mãe e de outro filhote.
Os felinos caminhavam pela margem do Riacho Sanã, que fica ao final do deck de 100 metros de extensão onde é possível caminhar sobre uma área de brejo. O flagrante aconteceu no dia 20 de março, à 1h58 da madrugada.
“Os registros da onça-parda fazem parte do nosso projeto de monitoramento da fauna. Além dos registros feitos no riacho da Sanã, as câmeras distribuídas pela Mata registraram, nos últimos dias, um casal de onça-parda o que indica que em breve poderemos ter novos filhotes na área”, disse Marcelo Polieri, presidente da Fundação José Pedro de Oliveira, que administra a Mata de Santa Genebra.
“Aqui na Mata de Santa Genebra, as armadilhas fotográficas instaladas pela equipe técnica têm registrado regularmente a presença de onças pardas desde 2012, com registros da fêmea, do macho e de algumas ninhadas”, disse o biólogo da Mata, Thomaz Barrella.
Segundo ele, as onças vagam por todo seu território em busca de água e alimento. “E nessa área ela poderia encontrar as duas coisas, motivo pelo qual ela deveria estar por ali”, explica.
O Mini Pantanal Sanã fica a 800 metros da sede da Mata de Santa Genebra (rua Mata Atlântica, 447, Bosque de Barão Geraldo, Campinas).
Dúvida comum
Visitantes do Mini Pantanal devem ter medo de visitar o local por conta da chance de aparecer onça?
“Não há razões para ter medo, as onças não são animais de natureza agressiva e buscam evitar a todo custo o contato com animais grandes que possam representar uma ameaça a ela, categoria na qual nós humanos estamos. Ao perceber a presença de pessoas elas se afastam. Além disso, o horário de atividade das onças é preferencialmente noturno, e as visitas ocorrem durante o dia, quando a chance de um encontro é muito baixa”, explicou Thomaz Barrella.
“Um exemplo: eu trabalho na Mata há quase 10 anos, estou em campo com bastante frequência e nunca avistei nenhuma onça”, explica o biólogo.