PUBLICIDADE
7 de novembro de 2025
O SEU PORTAL DE NOTÍCIAS, ANÁLISE E SERVIÇOS
ANUNCIE
Sem Resultados
Ver todos os resultados
Informação e análise com credibilidade
  • ÚLTIMAS
  • CIDADE E REGIÃO
  • COLUNISTAS
  • ARTE E LAZER
  • OPINIÃO
  • ESPORTES
  • EDUCAÇÃO E CIDADANIA
  • SAÚDE E BEM-ESTAR
  • BRASIL E MUNDO
  • ECONOMIA E NEGÓCIOS
  • TURISMO
  • VEÍCULOS
  • PET
  • FALECIMENTOS
  • NOSSO TIME
  • ÚLTIMAS
  • CIDADE E REGIÃO
  • COLUNISTAS
  • ARTE E LAZER
  • OPINIÃO
  • ESPORTES
  • EDUCAÇÃO E CIDADANIA
  • SAÚDE E BEM-ESTAR
  • BRASIL E MUNDO
  • ECONOMIA E NEGÓCIOS
  • TURISMO
  • VEÍCULOS
  • PET
  • FALECIMENTOS
  • NOSSO TIME
Sem Resultados
Ver todos os resultados
Informação e análise com credibilidade
Sem Resultados
Ver todos os resultados
Home Cidade e Região

Onde você estava e o que fazia na manhã de 11 de setembro de 2001?

Essas são as perguntas que hoje reverberam na mente de todos, diante daquelas impactantes horas

Marcelo Pereira Por Marcelo Pereira
11 de setembro de 2021
em Cidade e Região
Tempo de leitura: 5 mins
A A
Onde você estava e o que fazia na manhã de 11 de setembro de 2001?

O monumento que homenageia Toninho e o que restou da Torre Sul após os atentados Fotos: Leandro Ferreira e Preston Keres/US Navy

Foram menos de 12h entre o assassinato do prefeito Antônio da Costa Santos, por volta das 22h de 10 de setembro de 2001, e os ataques ao Word Trade Center, numa sucessão de imagens que impactou o planeta. Muita gente dormia quando Toninho era atingido na Avenida Mackenzie, só ficando ciente da tragédia ao despertar. O Correio Popular, à época o principal veículo impresso de Campinas, dedicou uma cobertura especial, num caderno feito às pressas e em meio ao choque de sua equipe de jornalistas. Mesmo para profissionais experimentados a tragédias, aquela noite foi de completa perplexidade e tristeza. O ofício segurou o time para avançar a madrugada e concluir aquela edição marcante, por volta das 4h.

 

Multidão se aglomera no saguão do Paço no velório de Toninho Foto: Memorial da Democracia/Divulgação

 

Enquanto os campineiros choravam a morte de Toninho, buscando mais informações no noticiário, numa época em que a internet ainda engatinhava e o celular não era smartphone, emissoras de TV entravam ao vivo para mostrar as Torres Gêmeas em chamas. Foram momentos de choque. Aturdidos pela tragédia que se abatia sobre a cidade, desmoronando a esperança sobre um homem que reunia todas as condições para um governo de excelência, os campineiros eram sacudidos pelo terror. Ver pessoas se atirando daqueles arranha-céus era demais para a dor que já havia atingido os corações numa Campinas sedenta por resolver os seus problemas cotidianos.

 

Momento em que um dos aviões atinge uma das torres: horror Foto: Arquivo

 

No início dos anos 2000, um dos grandes males que assombrava os campineiros era justamente a violência. Números impensáveis de homicídios ao ano, latrocínios em escalada, sequestros-relâmpagos, ataques em semáforos, furto e roubos de veículos e outros crimes assolavam a cidade. Facções do crime organizado estavam em evidente organização e um nome gerava calafrios: Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, com ficha criminal de mais de 50m de extensão e pena superior a 700 anos de prisão, cumulativas por crimes como sequestro. Andinho cumpre pena desde 2002 no sistema penitenciário paulista.

 

Perfil de Campinas

Quando Toninho foi assassinado, Campinas ainda não havia alcançado população superior a 1 milhão de habitantes. Segundo censo do IBGE de 2000, eram aproximadamente 967 mil habitantes. Mas já era uma metrópole e havia acabado de ser alçada à condição de sede de região metropolitana. Na eleição de 2000, a chapa encabeçada por Toninho (Izalene Tiene era sua vice e, depois, assumiu a Prefeitura) derrotou o tucano Carlos Sampaio. A disputa foi tensa, ocasião em que PT e PSDB polarizavam, também em outros cantos do País, as campanhas. Era um pequeno traço do que hoje se vê na política nacional.

A Câmara Municipal de Campinas era presidida pelo então vereador Romeu Santini (falecido em 2018) e o atual prefeito Dário Saadi era um dos 21 vereadores (33 cadeiras a partir de 2005). O ex-prefeito Jonas Donizette também compunha o Legislativo antes de assumir vaga na Assembleia paulista.

Campinas já exibia pujança econômica invejável, com parque industrial moderno, diversificado e composto por segmentos setoriais complementares. A área de serviços estava em franco desenvolvimento. O Aeroporto Internacional de Viracopos ainda não havia decolado em sua robustez atual, o que aconteceria anos depois.

À época, Campinas tinha inúmeros gargalos sociais (parte não corrigidos, mas atenuados). As regiões Sudoeste e Noroeste da cidade reuniam os bairros mais carentes, com infraestrutura precária e suporte a serviços públicos deficiente. A área conhecida como “o outro lado da Anhanguera” seguia como principal desafio das políticas públicas. Isso só foi mitigado ao longo dos anos seguintes, com investimentos em mobilidade urbana, melhoria dos corredores de tráfego, ampliação da rede do SUS, chegada de centros comerciais, entre eles shoppings, e a criação dos distritos do Ouro Verde e Campo Grande, que abriu as portas para um trabalho mais organizado de gestão pública.

 

O telefone tocou algumas vezes

Por volta de 22h daquela noite, 10 de setembro de 2001, o telefone tocou na redação. A telefonista transferiu para o ramal onde era editada a capa do Correio Popular. O editor que finaliza aquela edição atendeu. Uma voz feminina, do outro lado, perguntou quem era. O jornalista se identificou. E em seguida ocorreu o seguinte diálogo (talvez não exatamente com essas palavras, mas com esse sentido) .

_ Não posso me identificar, sou enfermeira. Tenho uma notícia muito ruim para falar.

_ Pois não, pode dizer.

_ Mataram o prefeito!

_ Você está brincando? Onde você está?

_ Não posso dizer.

_ Moça, isso é sério!

_ Pode ligar para o Samu. Estou vendo ele aqui, no banco do carro.

_ Ok, vamos ligar para a polícia e para o Samu. Você tem certeza?

_ Não posso falar mais nada!

 

Policiais, socorristas, bombeiros, amigos de Toninho, políticos, jornalistas e curiosos se aglomeram ao lado do corpo do prefeito Foto: Carlos Bassan

 

Outros ramais receberam telefonemas. Um deles caiu no setor da Fotografia. O fotojornalista Carlos Bassan era o último que estava à noite. Ele atendeu a ligação, ouviu um relato de que teria tido um crime perto do Shopping Iguatemi e a vítima era um “bambambam”. Após desligar, soube por outros colegas da redação, entre eles o jornalista Paulo Planta, que a vítima poderia ser o prefeito Toninho. Pegou sua bolsa, lentes fotográficas, conferiu a bateria e correu para o local.

 

Agonia e confirmação

Os minutos se seguiram em escalada cardíaca. Paulo Planta, o jornalista do time do Diário do Povo, integrado ao Grupo RAC e dividindo o mesmo ambiente de trabalho dos colegas do Correio, também pegou o veículo do jornal. Ao lado do fotógrafo Carlos Bassan, foram os primeiros profissionais de imprensa a chegarem à cena do crime. A trágica notícia era confirmada. Assim que a informação corria, outros profissionais, que já estavam em casa ou em bares da cidade, tomando a sua cervejinha, com o senso do profissionalismo e o sangue do ofício nas veias, passaram a voltar para a redação. A partir dali, seguiram-se horas de correria para colocar nas bancas e nas casas dos assinantes uma edição tristemente impactante, com uma notícia que ninguém de bem gostaria de ler.

 

Capa do Correio Popular de 11 de setembro de 2001: uma cidade de luto

 

O 11 de Setembro

A manhã de 11 de setembro de 2001 foi devastadora para a cidade. No Paço Municipal, em clima de comoção, o corpo de Toninho era velado. A família aos prantos, seus amigos dilacerados e as forças políticas e sociais atônitas, juntando os cacos. Às pressas, Izalene foi empossada, em situação que julgou constrangedora e forçada. Em depoimento ao Hora Campinas, disse que enfrentou machismo e desconfiança.

Jornalistas, por sua vez, tentavam buscar detalhes do crime, contextualizar a curta passagem de Toninho pelo poder e resgatar os muitos projetos que ficariam travados. Nas redações, teses de crime político, interesses escusos da elite econômica e teorias de um assassinato comum misturavam-se ao choque e à responsabilidade de fazer o melhor jornalismo possível.

 

A capa do Correio de 12 de setembro tentou equilibrar os dois fatos históricos: tristez e espanto misturados

 

Dor e luto

Não há paralelo nos dois episódios de dor e luto. Há obviamente a linha do tempo que une a tragédia campineira e os ataques terroristas que abalaram o mundo. Mas nem Campinas nem o mundo foram os mesmos depois daquele hiato temporal de menos de 12h.

 

LEIA TAMBÉM

https://horacampinas.com.br/fotojornalista-lembra-como-a-morte-de-toninho-chegou-as-redacoes/

 

Tags: Antônio da Costa SantosassassinatoCampinascrime sem soluçãoHora CampinasNova YorkPTterrorismoToninhoTorres GêmeasWord Trade Center
CompartilheCompartilheEnviar
Marcelo Pereira

Marcelo Pereira

O Hora Campinas reforça seu compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação em que você pode confiar.

Notícias Relacionadas

Holambra recebe a partir desta sexta encontro brasileiro de carros clássicos da Volkswagen
Cidade e Região

Holambra recebe a partir desta sexta encontro brasileiro de carros clássicos da Volkswagen

Por Redação
6 de novembro de 2025

...

Criativa Campinas 2025 expõe novidades e tendências no setor de artesanato
Cidade e Região

Criativa Campinas 2025 expõe novidades e tendências no setor de artesanato

Por Redação
6 de novembro de 2025

...

Papai Noel chega ao Polo Shopping Indaiatuba em festa gratuita

Papai Noel chega ao Polo Shopping Indaiatuba em festa gratuita

6 de novembro de 2025
PF de Campinas faz operação em Jundiaí contra exploração sexual infantil na internet

PF de Campinas faz operação em Jundiaí contra exploração sexual infantil na internet

6 de novembro de 2025
Caminhada na Mata Santa Genebra nesta sexta-feira celebra Novembro Azul

Caminhada na Mata Santa Genebra nesta sexta-feira celebra Novembro Azul

6 de novembro de 2025
Mutirão de Empregos no dia 10 conecta candidatos e lojistas de Campinas

Mutirão de Empregos no dia 10 conecta candidatos e lojistas de Campinas

6 de novembro de 2025
Carregar Mais














  • Avatar photo
    Carmino de Souza
    Letra de Médico
  • Avatar photo
    Cecília Lima
    Comunicar para liderar
  • Avatar photo
    Daniela Nucci
    Moda, Beleza e Bem-Estar
  • Avatar photo
    Gustavo Gumiero
    Ah, sociedade!
  • Avatar photo
    José Pedro Martins
    Hora da Sustentabilidade
  • Avatar photo
    Karine Camuci
    Você Empregado
  • Avatar photo
    Kátia Camargo
    Caçadora de Boas Histórias
  • Avatar photo
    Luis Norberto Pascoal
    Os incomodados que mudem o mundo
  • Avatar photo
    Luis Felipe Valle
    Versões e subversões
  • Avatar photo
    Renato Savy
    Direito Imobiliário e Condominial
  • Avatar photo
    Retrato das Juventudes
    Sonhos e desafios de uma geração
  • Avatar photo
    Thiago Pontes
    Ponto de Vista

Mais lidas

  • Conheça cinco praias dignas de cenários cinematográficos no Litoral Norte de SP

    Conheça cinco praias dignas de cenários cinematográficos no Litoral Norte de SP

    0 Compartilhamentos
    Compartilhe 0 Tweet 0
  • O silêncio que eu sonhava em dividir – por Luciana Agatha Melo Guimarães

    0 Compartilhamentos
    Compartilhe 0 Tweet 0
  • Acusado de dupla filiação, Rafa Zimbaldi é expulso do Cidadania

    0 Compartilhamentos
    Compartilhe 0 Tweet 0
  • Projeto prevê investimento de R$ 400 milhões para modernização do estádio da Ponte Preta

    0 Compartilhamentos
    Compartilhe 0 Tweet 0
  • Campinas recebe Caravana de Natal da Coca-Cola no próximo dia 12

    0 Compartilhamentos
    Compartilhe 0 Tweet 0
Hora Campinas

Somos uma startup de jornalismo digital pautada pela credibilidade e independência. Uma iniciativa inovadora para oferecer conteúdo plural, analítico e de qualidade.

Anuncie e apoie o Hora Campinas

VEJA COMO

Editor-chefe

Marcelo Pereira
marcelo@horacampinas.com.br

Editores de Conteúdo

Laine Turati
laine@horacampinas.com.br

Maria José Basso
jobasso@horacampinas.com.br

Silvio Marcos Begatti
silvio@horacampinas.com.br

Reportagem multimídia

Gustavo Abdel
abdel@horacampinas.com.br

Leandro Ferreira
fotografia@horacampinas.com.br

Caio Amaral
caio@horacampinas.com.br

Marketing

Pedro Basso
atendimento@horacampinas.com.br

Para falar conosco

Canal Direto

atendimento@horacampinas.com.br

Redação

redacao@horacampinas.com.br

Departamento Comercial

atendimento@horacampinas.com.br

Noticiário nacional e internacional fornecido por Agência SP, Agência Brasil, Agência Senado, Agência Câmara, Agência Einstein, Travel for Life BR, Fotos Públicas, Agência Lusa News e Agência ONU News.

Hora Campinas © 2021 - Todos os Direitos Reservados - Desenvolvido por Farnesi Digital - Marketing Digital Campinas.

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In

Add New Playlist

Sem Resultados
Ver todos os resultados
  • ÚLTIMAS
  • CIDADE E REGIÃO
  • COLUNISTAS
  • ARTE E LAZER
  • OPINIÃO
  • ESPORTES
  • EDUCAÇÃO E CIDADANIA
  • SAÚDE E BEM-ESTAR
  • BRASIL E MUNDO
  • ECONOMIA E NEGÓCIOS
  • TURISMO
  • VEÍCULOS
  • PET
  • FALECIMENTOS
  • NOSSO TIME

Hora Campinas © 2021 - Todos os Direitos Reservados - Desenvolvido por Farnesi Digital - Marketing Digital Campinas.