A ONG Hospitalhaços, que atua dentro de hospitais da região de Campinas, Rio de Janeiro e Recife há 22 anos, fechou as portas. A pandemia do novo coronavírus impediu a continuidade dos trabalhos e levou à dispersão dos voluntários, além de ter reduzido drasticamente os recursos para financiamento do projeto.
“A pandemia decretada em março de 2020 impediu de continuarmos o trabalho de humanização hospitalar, e causou o esfacelamento interno em todos os setores da ONG, o que nos levou a dispensar os colaboradores celetistas e prestadores de serviços”, divulgou a diretoria em uma rede social na última sexta-feira (19).
Desde o início do ano, o Hora Campinas já havia confirmado com a assessoria de imprensa que a instituição iria encerrar as atividades, mas foi solicitado que o caso ainda não fosse divulgado porque havia uma série de obrigações legais que a ONG ainda precisava cumprir, principalmente questões burocráticas.
Ainda segundo o comunicado da Hospitalhaços, com a finalização do mandato da atual diretoria em setembro de 2021, não houve interesse da parte dos voluntários em constituir nova chapa para o triênio 2021/2024. Foram realizadas duas assembleias, em que foi decidida a dissolução da Hospitalhaços.
“Lamentamos que após 22 anos de existência de serviços prestados à sociedade, através da figura do palhaço e brinquedistas, tenhamos que finalizar este importante trabalho humanitário que levou alegria a milhares de pacientes, familiares e todo corpo clínico hospitalar”, traz trecho do comunicado na rede social.
Os recursos da ONG eram 67% provenientes de leis de incentivo, 15% de eventos, 13% de bazar, 3% de palestras e 2% de doação, segundo consta no site da entidade, que continua em funcionamento.
Em Campinas, a Hospitalhaços atuava em várias unidades de atendimento, como o Hospital de Clínicas da Unicamp, o Mário Gatti, Ouro Verde, Centro Infantil Boldrini, entre outros.
A postagem sobre o fim da Hospitalhaços rendeu milhares de curtidas e comentários.
“Que pena. Foi uma grande alegria fazer parte dessa história”, escreveu uma internauta na página da ONG.
“É uma pena um trabalho como esse terminar assim”, escreveu outro.
“Triste notícia, muitas pessoas sentirão falta. O trabalho feito era espetacular”, apontou uma seguidora.
“Gratidão por tudo. Deixaram um legado no mundo e transformaram a vida de muitas pessoas”, reforçou um entusiasta.
A assessoria de imprensa foi procurada, mas informou que ninguém da diretoria iria se manifestar.