O subsecretário-geral da ONU para os Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, disse que a escala do desastre causado pela inundação na Líbia é “chocante e desolador”. Segundo ele, vizinhanças inteiras “foram apagadas do mapa”.
Griffiths informou que a ONU está mobilizando uma equipe robusta no país, para apoiar e fornecer recursos à resposta internacional, em coordenação com os socorristas e as autoridades líbias.
O chefe de Assuntos Humanitários liberou U$ 10 milhões do Fundo Central de Resposta a Emergências da ONU e lançou, nesta quinta-feira, um apelo de U$ 71 milhões para necessidades imediatas da população.
Em entrevista para a ONU News, o representante na Líbia do Fundo das Nações Unidas para Infância, Unicef, Michele Servadei disse que “a situação é terrível.”
Segundo ele, 30 mil pessoas estão deslocadas e a Organização Mundial da Saúde estima cerca de 4 mil mortos, com base em dados de hospitais.
O Unicef enviou kits e suprimentos médicos para 10 mil pessoas nos primeiros dias, além de 11 mil kits de higiene.
Michele afirmou que a ajuda enviada até o momento é apenas “uma gota no oceano.” Para ele, é fundamental oferecer apoio psicossocial para as pessoas deslocadas e aquelas que se encontram em abrigos.
O diretor da Organização Meteorológica Mundial, Petteri Taalas, disse nesta quinta-feira que a tragédia na Líbia destaca as consequências devastadoras das condições meteorológicas extremas.
Segundo ele, o episódio reforça a necessidade de sistemas de alerta precoce multirriscos que abranjam todos os níveis de governo e da sociedade.
