A Polícia Civil e o Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de São José do Rio Preto, deflagraram nesta quinta-feira (31) a operação Lobo Mau para desarticular uma rede criminosa envolvida na produção, armazenamento e compartilhamento de material de abuso sexual infantil.
A operação aconteceu simultaneamente em 21 estados e no Distrito Federal, cumpriu 96 mandados e prendeu ao todo 36 pessoas.
Nas cidades de Campinas, Itupeva e São João da Boa Vista, o Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) de Campinas cumpriu seis mandados de busca e apreensão domiciliar, que resultaram na prisão em flagrante de duas pessoas por posse de material pornográfico infantil.
Durante as ações, foram apreendidos diversos dispositivos eletrônicos e materiais usados para armazenar conteúdo ilegal, que serão analisados pela justiça para identificar e localizar outros membros da rede.
No Jardim Planalto de Viracopos, em Campinas, um homem de 46 anos foi preso em flagrante com diversas fotos e vídeos de cunho sexual, aparentemente envolvendo crianças e menores de idade.
Outro detido, de 38 anos, confessou ter acesso a material sexual de crianças e adolescentes por meio de aplicativos de mensagens como o Telegran e Signal.
“Com as senhas de acesso os agentes depararam-se com farto conteúdo de material pornográfico infantil e indícios relevantes de compartilhamento por meio das redes de mensagens”, informou a polícia no boletim de ocorrência.
A ação de hoje faz parte de uma força-tarefa interinstitucional que conta com a colaboração da Agência de Investigação Interna dos Estados Unidos (HSI – Homeland Security Investigations) e da Embaixada dos EUA, reforçando a cooperação internacional no combate ao abuso e exploração sexual infantil no ambiente virtual.
“A expectativa das autoridades é que as provas coletadas durante a operação contribuam significativamente para a identificação e prisão de outros envolvidos, fortalecendo o enfrentamento ao abuso sexual infantil e a proteção dos mais vulneráveis”, destacou a Polícia Civil.