Em novo dia de recordes negativos para a Covid-19 em Campinas, o presidente da Rede Mário Gatti, Sérgio Bisogni, prometeu nesta terça-feira (30) a abertura de mais 23 leitos exclusivos para pacientes com coronavírus na cidade. Por falta de mão de obra, não há data para o início da operação. Já no Hospital de Campanha, o entrave é outro. A ativação de 36 leitos de enfermaria depende de um tanque de oxigênio, item raro no mercado pandêmico.
A intenção é abrir 10 leitos de UTI no Hospital Municipal Mário Gatti e outros 13 de enfermaria no Hospital Ouro Verde. Porém, a ativação destes leitos depende da contratação de recursos humanos, especialmente médicos e equipes de enfermagem. Há falta de profissionais especializados no mercado. Uma empresa contratada pela Rede busca alternativas.
“À medida que mais leitos são abertos, há uma redução na oferta de pessoal especializado. Para cada leito de UTI aberto são necessários um médico, três enfermeiros, nove técnicos de enfermagem e um fisioterapeuta 24 horas por dia”, disse Bisogni.
“Não dá para improvisar nessa hora e precisamos de pessoas qualificadas”, disse Bisogni.
Nas próximas semanas, a Rede Mário Gatti deve reativar o Hospital de Campanha na sede dos Patrulheiros, em parceria com a organização Expedicionários da Saúde. A Rede Mário Gatti está com dificuldades em adquirir o tanque de oxigênio necessário na instalação. Na região de Campinas, empresas não têm mais para fornecer e a Rede começa a buscar tanques para alugar fora do Estado.
O SUS Municipal tem hoje 152 leitos de UTI e 180 de enfermaria. Além dos 10 de UTI e 13 de enfermaria, planejados pela Saúde, há ainda a programação de mais 18 UTIS e outros 15 de enfermaria na Rede Mário Gatti e na rede conveniada contratada. Com isso, o SUS Municipal passará a contar com 180 leitos de UTI – no auge da pandemia, entre junho e agosto do ano passado, a disponibilidade era de 155 leitos de UTI.