A Justiça condenou a mais de 30 anos de prisão os pais de um menino de 11 anos que em maio de 2022 foi resgatado em Itu com sinais de tortura e maus-tratos. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (3) pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP).
A sentença acolheu a tese do MPSP de que os réus submetiam o menino a intenso sofrimento físico e mental, como forma de aplicar castigo e medidas de caráter preventivo, desde que ele tinha 2 anos. O casal foi condenado por crimes de tortura e abandono de incapaz praticadas contra o próprio filho.
As investigações apontaram que o garoto, conhecido como Ituzinho, era levado pelos pais, Maria Angélica Gomes e Juliano Ribeiro, a uma casa abandonada. Lá, o menino era agredido com fios de energia e pedaços de pau. Em uma ocasião, ele teve a cabeça queimada pelo líquido de uma bateria automotiva. Em outra, foi atingido no braço por golpe de facão desferido pelo pai.
De acordo com a Promotoria, após a última agressão, o casal deixou o imóvel em que morava levando consigo o outro filho, com a finalidade de assegurar a impunidade pelos crimes de tortura, tendo em vista a comoção causada pelo caso na região. O casal estava preso em Uberlândia.
Com diversas cicatrizes pelo corpo, a criança andava pelas ruas do bairro onde morava, em Itu, com camisas de mangas longas. Segundo um tio dele, Maria Angélica chegou a ser presa em 2013, após a morte de um filho do casal.