Paulínia foi um dos alvos de operações realizadas nesta sexta-feira (16) pela Polícia Federal para desarticular uma organização criminosa especializada em fraudar contas de beneficiários do auxílio emergencial. Em Campinas foi deflagrada a Operação Lotter, para o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão (6 em Paulínia e 2 em Sumaré) e um mandado de prisão temporária (em Paulínia), expedidos pela 9ª Vara Federal em Campinas.
Em Sorocaba, foi deflagrada a Operação Botter para o cumprimento de 8 mandados de busca e apreensão (3 em Tatuí, um em Boituva, 3 em Paulínia e um em São Paulo) e um mandado de prisão preventiva contra indivíduo que fraudou 170 auxílios emergenciais durante a primeira rodada do programa em 2020, com prejuízo total já confirmado de R$ 435.000,00.
As duas operações são resultado do trabalho da Estratégia Integrada de Atuação contra as Fraudes ao Auxílio Emergencial (EIAFAE), que reúne Polícia Federal, Ministério Público Federal, Ministério da Cidadania, Caixa, Receita Federal, Controladoria-Geral da União e Tribunal de Contas da União.
A organização criminosa utilizava programas de computadores para invadir a conta dos beneficiários, transferindo o dinheiro para contas dos criminosos por meio do pagamento de boletos gerados em site de sistema de pagamentos ou por meio de transações eletrônicas. Durante as investigações da PF de Campinas, foi comprovado o furto de mais de R$ 135 mil, o que indica um mínimo de 225 famílias lesadas.
As investigações chegaram simultaneamente a braços diferentes da organização criminosa, identificando investigados que estão entre os maiores fraudadores já detectados do Auxílio Emergencial.
Os envolvidos responderão pelos crimes de furto mediante fraude, estelionato, falsidade ideológica e formação de organização criminosa, cujas penas somadas podem chegar a quase 30 anos de prisão.