Segundo pesquisa feita pelo software da Infojobs Pandapé, 90% dos brasileiros afirmam que trocariam de emprego. Devido à falta de oportunidade de crescimento principalmente. Diante desse cenário, medidas como apostar num Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) podem ser alternativas para impulsionar o sucesso de colaboradores e de empresas.
De acordo com o levantamento da Infojobs, além da falta de oportunidade de crescimento – fator citado por mais de 30% dos entrevistados como causa de insatisfação –, liderança tóxica, salário baixo e clima organizacional também foram mencionados pelos participantes como motivos que os levam a cogitar outras empresas.
Ferramentas de gestão são capazes de proporcionar o crescimento almejado pelos colaboradores. Conforme a Gupy, empresa especializada em soluções para RH, no contexto corporativo, o PDI é um plano de ação para aprimorar e desenvolver comportamentos e habilidades profissionais. Ele auxilia os colaboradores a alcançarem seus objetivos, traçando um caminho para a carreira que alinhe os interesses do funcionário aos anseios da organização.
Para isso, devem ser levadas em conta as metas de curto prazo, referentes às aptidões a serem desenvolvidas para o alcance dos objetivos. Questões como remuneração justa, adequação da liderança e melhora do clima organizacional também podem ser consideradas no contexto do PDI, pois influenciam diretamente na motivação e no engajamento dos colaboradores.
Ao colocar essas ideias na prática, é possível utilizar ferramentas auxiliares, como um planner personalizado. O recurso pode ajudar na organização e visualização das etapas de implementação que incluem, por exemplo, a definição de planos e metas de carreira, cronogramas e avaliação de desempenho.
PDI traz benefícios para empresas e colaboradores
Segundo a empresa de consultoria especializada em desenvolvimento organizacional, Think Work, o PDI oferece benefícios tanto para a companhia quanto para os funcionários. Do ponto de vista da empresa, a elaboração de um PDI aumenta a produtividade da equipe, atrai e retém talentos, traz maior desempenho nos negócios, ajuda a reduzir o turnover e fortalece o engajamento e a motivação dos colaboradores.
Já para os funcionários, o plano de desenvolvimento individual promove clareza no desenvolvimento e melhorias nas habilidades técnicas e interpessoais. Além disso, oferece a possibilidade de avançar de níveis, trazendo mais autonomia no processo de produção e maior satisfação profissional.
A Think Work enfatiza que, como o PDI leva em conta a redução das fraquezas técnicas ou comportamentais, estimula o fortalecimento do potencial de cada trabalhador de maneira estratégica. A alta performance e o avanço na carreira são estimulados de forma mais saudável. Com um plano de potencialização das habilidades traçado, os resultados podem ser mais rápidos.
Como implementar o plano de ação na prática
De acordo com materiais da Gupy e outros portais especializados em gestão e RH, o PDI deve reunir informações como pontos fortes e fracos do colaborador; quais estratégias serão usadas para melhorar os pontos fracos; o que será feito para potencializar ainda mais e aproveitar os pontos fortes; e em quanto tempo o plano deve ser colocado em prática. As métricas de acompanhamento e as ferramentas que a organização deve fornecer para viabilizar os objetivos também precisam estar previstas no documento.
Para a implementação do planejamento de ação, os objetivos devem ser definidos com clareza para que os anseios dos funcionários estejam alinhados aos da empresa e seja possível evitar conflitos. Os desafios que podem ser encontrados nos meses subsequentes à definição do PDI também precisam ser estipulados para que se estabeleçam metas que permitam contorná-los para concretizar os planos.
O cronograma é recomendado para evitar que as metas sejam adiadas. Nele, devem conter datas e ações possíveis de serem executadas. Para isso, o indicado é separar uma tarefa e estabelecer um prazo razoável para que um objetivo seja cumprido. Cronograma com prazos apertados não são uma boa ideia, já que em caso de não cumprimento das atividades, frustrações podem ser geradas.
Vale ressaltar que as ações podem apresentar algumas despesas, como cursos de aperfeiçoamento, compra de livros, seminários, eventos de capacitação e aquisição de ferramentas ou equipamentos. Para não ser pego desprevenido, é importante ter conhecimento tanto do tempo quanto dos custos que podem estar envolvidos. Assim, o levantamento e o cálculo dos gastos ajudam a evitar um desequilíbrio financeiro.