O mês de maio, mais especificamente dia 18, foi o momento de lembrar a luta antimanicomial no Brasil. De acordo com a Biblioteca Virtual em Saúde, o movimento consiste em “lembrar que, como qualquer cidadão, pessoas com transtornos mentais, têm o direito fundamental à liberdade, o direito à viver em sociedade, além do direto a receber cuidado e tratamento, sem que para isso tenham que abrir mão do seu lugar de cidadãos”.
E na mesma data, em 2024, eu estive presente no 1° Fórum Popular de Saúde Mental de Marília (São Paulo). Foi uma experiência enriquecedora, por isso trago aqui para refletirmos: já parou para conhecer toda a história antimanicomial do Brasil?
Você, leitor, sabe como pessoas com síndromes e transtornos eram tratadas?
Essas pessoas eram vistas pela sociedade como loucos, aqui nos cabe fazer uma associação com a literatura brasileira: O Alienista de Machado de Assis. Comento isto, pois no livro o personagem principal Simão Bacamarte toma a liberdade para mandar prender todos que fossem ‘loucos’ no hospício que ele mesmo fundou e nomeou de Casa Verde. Entretanto, de acordo com os seus próprios padrões, com isso, ao final da história quase toda a população de Itaguaí estava enclausurada no local.
Podemos observar tais similaridades nos motivos que levavam pessoas aos manicômios, além dos citados anteriormente. Naquela época, eram internadas pessoas que deveriam ser ‘apagadas da sociedade’ (ou seja, quem eles quisessem). Isso incluía, por exemplo, pessoas LGBTQIA+ e até mesmo mulheres que “perderam sua honra”.
Essa é apenas a ponta do iceberg, mas reflete muito no que vivemos atualmente. Pois ao abordar a temática bullying, pense, o público atacado não é bastante parecido?
Agora de um enfoque nos jovens do ensino fundamental 2 até a universidade. Em relação a evasão escolar, quem são os afetados? Sim, as características se repetem na maioria dos casos.
Torna-se cômico que estudamos história, pois vemos e analisamos o passado com o objetivo de conhecer melhor do nosso povo e aprender com eles. Mas, talvez estejamos levando os pensamentos errados adiante, não concorda?
Chegamos ao fim e eu lhe agradeço pela companhia, caro leitor. Sim, companhia! Pois a minha escrita é de perguntas exatamente para você incrementá-la, assim podemos trocar uma ideia, elaborar e praticar melhores ações após poucos minutos de leitura.
Meu Instagram: @liviacampossilva
Lívia Campos Silva, 19 anos, é de Campinas, mas após conquistar uma vaga em Terapia Ocupacional em uma universidade pública, se mudou para Marília, interior de São Paulo. A jovem participou da Academia Educar presencialmente em Campinas e acredita que, para mudar o mundo, é preciso exercer o respeito ao próximo.