O mercado de trabalho do interior do estado reage com otimismo ao cenário econômico. Pesquisa pelo IBEF Campinas Interior Paulista (Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças) indicou que 83% dos executivos da Região Metropolitana de Campinas (RMC) pretendem manter o número atual de empregados (46%) ou aumentar os postos de trabalho (37%) em 2023.
O levantamento realizado anualmente junto a presidentes de empresas, diretores financeiros, controllers e gerentes dos setores de indústria, agronegócio, comércio e serviços aponta crescimento na expectativa de contratação na comparação com o ano passado, quando 35% disseram que iriam aumentar o total de vagas – 2% a menos que na edição atual.
“Mais um ano em que a manutenção e a geração de emprego são pontos de destaque no nosso estudo. Nossos associados são grandes empregadores de empresas nacionais e multinacionais”, detalha Valdir Augusto de Assunção, presidente do IBEF Campinas Interior Paulista.
Passada a pandemia, o home office provou ser um modelo eficiente, sobretudo na versão híbrida. Para 66% dos participantes, a adaptação da unidade organizacional ao trabalho remoto foi considerada boa, sendo que 40% vai de 2 a 3 vezes por semana de forma presencial.
O êxito das iniciativas para redução do índice de desempregados, na opinião de 47% dos entrevistados, depende da aplicação da Reforma Tributária. Os outros 53% destacam a necessidade de incentivo à formação de nível técnico, investimentos em educação básica, promoção de incentivos fiscais e das PPP (parceria público privada) na infraestrutura.
“Investimentos em educação básica e nível técnico (24%) refletem a necessidade por melhoria na qualidade da mão de obra e, por consequência, o nível de emprego”, acrescenta Antonio Wellington da Costa Lopes, vice-presidente de Marketing e Ações Comerciais do IBEF.
Com relação ao crescimento das vendas, 54% esperam um aumento de até 20% já considerando o retorno ao período pré-pandemia.
“Mas enquanto a expectativa de vendas é boa, apenas 11% pretendem investir acima de 10% do faturamento da empresa. A maioria (84%) vai investir até 10% no máximo”, completa Assunção.
No ano passado, o maior foco desses investimentos ficou na fatia da inovação (36%), mas em 2023 a maioria (45%) respondeu que está apostando em ações para ganho de produtividade e redução de custo.
Perguntados sobre a transformação digital da sua empresa, 28% disseram que se encontra em um nível avançado, contra 20% do ano anterior, o que demonstra uma evolução desse quesito.