Nas últimas cinco semanas ocorreu um aumento expressivo de contaminação pela variante ômicron da Covid-19 entre os trabalhadores das obras paulistas. O número de casos suspeitos e confirmados da doença, contudo, ainda se mantinha abaixo de 1% do contingente de pessoal.
Os casos suspeitos se elevaram de 0,08% para 0,66%, e o total de confirmados de 0,01% para 0,31%. Pela 25ª semana consecutiva, não se registraram óbitos. Nas últimas 11 semanas, nenhum trabalhador estava em internação hospitalar.
Estes foram os resultados da 75ª Pesquisa “Conhecendo as Ações das Construtoras Paulistas no Combate à Covid-19”, realizada pelo SindusCon-SP (Sindicato da Construção Civil do Estado de São Paulo) e Seconci-SP (Serviço Social da Construção Civil do Estado de São Paulo). Foram obtidas respostas de 47 empresas, responsáveis por 586 obras, envolvendo 46.336 empregos diretos e terceirizados, de 10 de dezembro de 2021 a 13 de janeiro de 2022.
Das empresas pesquisadas, 39 informaram que 20.992 trabalhadores estão vacinados com a primeira dose, 20.614 com a segunda ou dose única, e 2.557 com a de reforço. Foi de 5% o percentual de trabalhadores em relação ao total pesquisado, sobre os quais as empresas não informaram o andamento da vacinação.
Maristela Honda, presidente do Seconci-SP, e Odair Senra, presidente do SindusCon-SP, recomendam às construtoras reforçarem as medidas de proteção sanitária e o estímulo à vacinação completa. “Mesmo que a maioria dos infectados pela variante ômicron e pela gripe H3N2 apresente sintomas leves, o descuido pode levar a afastamentos simultâneos em grande quantidade, prejudicando a saúde dos trabalhadores e o andamento das obras”, afirmam.
Maristela e Senra reforçam que os trabalhadores sejam orientados a procurar atendimento médico, caso apresentem sintomas, mesmo que leves, ou caso tenham tido contato com casos confirmados de Covid-19 ou de gripe. Os médicos do Seconci-SP têm definido o protocolo mais adequado para cada caso, preconizando isolamento e acompanhamento. Eles orientam ainda os pacientes a se afastarem do trabalho por sete dias a partir do início dos sintomas. No final deste período, se o trabalhador não apresentar mais sintomas, ele pode voltar ao trabalho. Se apresentar sintomas, deve retornar ao médico para nova avaliação.
CONFIRA OS PRINCIPAIS RESULTADOS DA PESQUISA:
· 0,66% afastados por suspeita de Covid-19;
· 0,31% afastados por confirmação da doença;
· 586 obras em andamento e nenhuma parada;
· 99,9% do pessoal estão em atividade;
· 93% fornecem máscaras extras para as obras além das utilizadas como EPIs;
· 90% oferecem máscaras para os trajetos entra as obras e as residências.