Contrato pelo Guarani para a disputa do Campeonato Brasileiro da Série B, o lateral-esquerdo Diego Porfírio voltou a campo no último domingo (21), quando entrou no segundo tempo do empate por 1 a 1 no Dérbi 205 diante da rival Ponte Preta, no Moisés Lucarelli.
Fora de combate desde o dia 22 de abril, quando atuou na vitória por 3 a 0 sobre o Ceará, o atleta desfalcou a equipe por praticamente um mês por conta de um desconforto muscular, segundo informações divulgadas pelo Bugre.
Entretanto, no dia 10 de maio, Porfírio apareceu em prints de conversas no WhatsApp das investigações do Ministério Público de Goiás relacionada à Operação Penalidade Máxima II.
O jogador foi citado por integrantes da quadrilha envolvida no escândalo da manipulação de apostas em partidas do Campeonato Brasileiro da Série A do ano passado, quando ainda atuava no Coritiba, ao lado de Alef Manga e Jesús Trindade, também citados.
Após o empate por 1 a 1 no Dérbi 205, o técnico do Guarani, Bruno Pivetti, comentou sobre o retorno de Porfírio aos gramados e ressaltou que juridicamente o jogador tem condições atuar. O comandante bugrino afirmou que “não é ninguém” para julgar o lateral-esquerdo e entregou o caso nas mãos da Justiça.
“Nós estamos ali pelo aspecto jurídico. Juridicamente ele (Diego Porfírio) tem condições de jogo, vamos ver como vai desenrolar. É uma situação de todos os clubes com jogadores envolvidos nesse caso. Eu já externei a minha opinião sobre. Não sou ninguém para julgar, não tenho nem competência para isso, não tenho especialização em direito e não sou um jurista”, pontuou o treinador.
“Acredito que todos os casos devem ser investigados e uma vez que aponte os culpados, esses devem ser punidos para que não manche a lisura da modalidade esportiva que temos completa paixão que é o futebol. Estamos respaldados pelo aspecto jurídico e por isso o jogador teve a oportunidade de vir para o jogo. Acredito que ele entrou bem substituindo o Mayk que estava com a perna pesada e início de câimbra. Foi importante a entrada do Porfírio para que a gente pudesse também buscar esse resultado (no Dérbi)”, completou Pivetti.
Atualmente na segunda fase, a Operação Penalidade máxima é realizada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), que investiga esquema envolvendo jogadores e grupos criminosos que ganhavam dinheiro com apostas relacionadas a lances de jogos das séries A e B do Campeonato Brasileiro, além de partidas de estaduais. As competições analisadas pela operação até o momento são de 2022.
Citados junto com Porfírio, o meia Jesús Trindade e o atacante Alef Manga tiveram os contratos suspensos pelo Coritiba e estão afastados de todas as atividades do clube. A dupla vai prestar depoimento ao Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Goiás, nesta sexta-feira (26), por videoconferência.
Até o momento, nenhum dos três jogadores foi denunciado ou se tornou réu no caso. Também não existe a confirmação se Porfírio foi convocado para prestar depoimento no Gaeco.
O lateral-esquerdo segue treinando normalmente no Guarani e mais uma vez deve ficar à disposição da comissão técnica para o duelo contra a Chapecoense nesta quarta-feira (24), às 21h15, no Brinco de Ouro da Princesa, pela 8ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B.