Artistas que produzem suas peças muitas vezes não conseguem levá-la ao público. Faltam muitas vezes iniciativa, informação e oportunidade. Pensando nisso, três irmãs residentes no distrito de Joaquim Egídio, em Campinas, dedicam-se, desde 2017, a desenvolver plataformas física e virtual para gerar alternativas de comércio para artistas e artesãos, designers e produtores.
Basicamente, elas oferecem a oportunidade de novos negócios que, provavelmente, eles não conseguissem realizar sozinhos. O novo espaço está aberto ao público e funcionará aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 16h. Há sempre espaço para artistas e artesãos interessados, avisam as idealizadoras Camila, Lucila e Carolina Peixoto de Almeida.
Tendo como base o modelo colaborativo, cuja proposta é criar estratégias para gerar alternativas de comércio para artistas e artesãos, as irmãs, responsáveis pela Casa 73, decidiram ampliar as possibilidades de vendas e reabriram no último sábado, dia 11, agora de forma permanente, o Mercado Autoral em Joaquim Egídio. O site pode ser acessado em www.casa73.com.br .
A Casa 73 é uma plataforma colaborativa, e já conta com duas lojas físicas nos shoppings Iguatemi e Galeria -as lojas físicas são do tipo poup-us, ou seja, temporárias, abertas com uma proposta específica e de curto prazo.
Todos os pontos de venda são focados no incentivo aos novos talentos por meio da valorização da criatividade e da experiência de um consumo consciente. De olho no movimento turístico nos fins de semana no distrito, o Mercado Casa73 funcionará na Rua Valentim dos Santos Carvalhos, 37. Além de oportunizar negócios para artistas e artesãos para a venda de produtos autorais e exclusivos, o Mercado pretende proporcionar encontros que se transformam em trocas de informações e contatos futuros. Tudo em um bucólico jardim de uma típica chácara no distrito de Joaquim Egídio.
O Mercado abre somente aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 16h. Além dos trabalhos autorais, tem como forte atrativo a gastronomia artesanal com diferentes opções, tanto para consumir no local quanto para levar para casa, e as atrações culturais. São, em média, 20 expositores por dia, que apresentam diferentes produtos de Bem-estar, Kids, Casa & Decoração, Gastronomia, Joias & Bijoux e Moda & Acessório.
Algumas marcas expositoras são fixas, outras não, o que oferece diversidade e novidades constante ao visitante, de uma semana para outra. Desta forma sempre haverá oportunidades para os artistas e artesãos interessados em participar.
Dos expositores são cobradas somente as taxas mensais fixas. Para atender a todos os bolsos e disponibilidades, os valores mudam de acordo com o plano, contrato e frequência da participação. Os parceiros ficam responsáveis por seus espaços, pela montagem dos mobiliários e produtos, e pelo atendimento.
Diferenciais
O mobiliário do Mercado Autoral é todo em material reciclado, como os móveis de palete criados pelo gestor ambiental José Maria da Silva (Projeto Recicle). Eles estão dispostos sob as árvores do jardim para o descanso dos visitantes e desfrute da natureza. O espaço foi batizado por ele de “ambiente de convivência sustentável”. Ele também será responsável por atrair parceiros que trabalham com sustentabilidade (energia limpa, reaproveitamento de resíduos etc.) para a apresentação dos produtos ou para a sua utilização pelo público.
O espaço possui diferentes ambientes, alguns fechados, outros abertos, mas cobertos, e ainda áreas totalmente ao ar livre. Parte dos ambientes para a alimentação também fica sob cobertura.
O Mercado Autoral em Joaquim Egídio tem também uma cozinha compartilhada, aproveitando os equipamentos de um restaurante que funcionou no endereço. Pequenos e micros empreendedores de gastronomia artesanal que ainda não conseguiram, financeiramente, montar uma cozinha sozinhos, poderão preparar ali os alimentos apenas para consumo local. Cada um terá a sua bancada, mas dividirão as pias, fogão, forno e chapa, entre outros. Eles precisarão levar somente os insumos e utensílios.
A proposta é que os talentos gourmets tenham, assim, a oportunidade de iniciar um negócio, num distrito já conhecido como polo gastronômico de Campinas, e ir conquistando clientes até garantir investimentos para abrir seus próprios restaurantes. Também estão sendo analisadas as apresentações de atrações culturais.

O que é a Casa73
O projeto Casa73 foi concebido pelas irmãs Camila, Lucila e Carolina Peixoto de Almeida e teve início em 2017 com feiras e eventos realizados no jardim da casa de uma delas, em Joaquim Egídio. Paralelo aos eventos, as irmãs montaram uma pequena estrutura em Sousas, na Rua Siqueira Campos 73, em uma casa cuja fachada é tombada pelo Condepacc (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico de Campinas).
Como não agradava às irmãs ocupar a fachada com displays da logomarca, o número do imóvel foi utilizado para divulgar o local e os projetos seguintes, como as lojas pop up, no Galeria Shopping (2019) e no Iguatemi Campinas (2020), e o site www.casa73.com.br.