A Polícia Civil de Campinas prendeu três pessoas de uma mesma família, na tarde desta sexta-feira (5), suspeitas de participarem do furto de mais de R$ 1,1 milhão em remédios para tratamento de câncer da farmácia do Departamento Regional de Saúde (DRS) VII, localizado na Avenida Orosimbo Maia, no Centro.
Um dos detidos, um homem de 61 anos, era servidor da farmácia judicial da DRS e, para a polícia, responsável direto pelo furto de 79 caixas do medicamento Pembrolizumabe. Cada caixa desse remédio é avaliada em R$ 14,4 mil – é considerado um medicamento ultramoderno para tratamento de vários tipos de cânceres.
As prisões aconteceram no Jardim Campo Belo, onde vive o servidor e a esposa, e em Hortolândia, onde moram a enteada e o genro do servidor. Até a publicação dessa matéria, o genro estava foragido.
A falta desses medicamentos na geladeira da unidade do estado foi constatada por outros funcionários no último dia 27 de dezembro. O comunicado da ocorrência, feito à polícia por uma diretora da unidade, aconteceu somente nesta quinta-feira (4).
No entanto, em menos de 24h, através de uma força tarefa entre os departamentos de investigações da Civil de Campinas, o caso foi esclarecido. Mas, segundo o delegado Fernando Manuel Bardi, diretor do Departamento de Polícia Judiciária 2 (Deinter 2), ainda haverá novas fases de investigações para identificar os receptores desses medicamentos.
“A mulher e a filha eram encarregadas de despachar (os medicamentos) e o genro de contactar os receptadores. Interceptamos uma caixa no aeroporto de Vitória (Espírito Santo) despachada por uma delas. A gente acredita que parte desse medicamente esteja dentro dessa caixa”, afirmou o delegado Bardi.
Na casa do servidor estadual a polícia encontrou caixas de isopor usadas para o transporte de medicamentos, selos e outros itens suspeitos na ação criminosa. A polícia deverá analisar as mensagens dos telefones apreendidos, além das contas bancárias dos detidos, para montar um quebra-cabeça da operação criminosa, e desde quando ela vem atuando.
Os detidos vão responder pelos crimes de receptação qualificada, participação em organização criminosamente e falsificação de medicamentos.
A Secretaria de Saúde do Estado deve abrir um novo processo licitatório para aquisição dos medicamentos. A pasta informou que está colaborando com as investigações.
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