As obras para execução da ponte sobre o rio Atibaia avançaram neste domingo (22) com a realização das operações de içamento das vigas de suporte. São ao todo cinco vigas de 32 metros de extensão e 70 toneladas cada uma, que estarão apoiadas nas cabeceiras da ponte. A conclusão da obra está prevista para o final deste ano.
Com o acesso fechado há quase dois anos, e interdições pontuais desde 2016, os moradores das regiões dos distritos de Sousas e Joaquim Egídio começam assim a ver os sinais de concretização da nova ponte sobre o Rio Atibaia, que ligará a Estrada Municipal Dona Isabel Fragoso Ferrão à Rodovia Dom Pedro I (SP-065).
Em outubro de 2019, a Ponte do Padre Abel, construída em pedra e madeira, foi interditada por causa do risco de desabar. Desde então, moradores dos distritos que circulam pela região próxima à Rodovia D. Pedro têm como única opção de trajeto a entrada principal de Sousas. A nova ponte ajudará a desafogar o tráfego de veículos nos distritos e atenderá moradores de propriedades rurais e de condomínios da região.
A ponte está sendo erguida na altura do km 122 da Rodovia Dom Pedro I e vai se conectar à Estrada Municipal Dona Isabel Fragoso Ferrão (CAM-127).
Com a finalização da obra, prevista pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER) para até o final deste ano, mais de duas mil pessoas que vivem em Joaquim Egídio, além dos visitantes que frequentam o distrito, serão beneficiadas pelo acesso mais rápido à região. A ponte também será importante para os moradores do Distrito de Sousas, que tem mais de 24 mil moradores, e dá acesso a outras cidades da região metropolitana de Campinas.
O custo da obra, integralmente assumido pelo DER, é de cerca de R$ 2 milhões. O Departamento tem um convênio com a Prefeitura de Campinas, por meio da Secretaria de Infraestrutura e com apoio da Secretaria do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, para a obtenção das licenças ambientais junto à Cetesb, agência ambiental do Estado de São Paulo.
A nova ponte está sendo construída nas proximidades da antiga ponte do Padre Abel, interditada desde junho de 2016 (com bloqueio total em 2019), por recomendação do Ministério Público.
A providência foi baseada em estudos técnicos apresentados pela Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), com apoio da concessionária Rota das Bandeiras.
Na época da interdição da ponte do Padre Abel, executada pela Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), o objetivo era evitar acidentes, garantindo a segurança da população. A antiga ponte foi construída há muitos anos sobre o Rio Atibaia com a função de ligar o então povoado de Joaquim Egídio ao caminho para Jundiaí e o porto de Santos, e foi originalmente executada em pedra e madeira. A estrutura é tombada desde 2013 e faz parte do patrimônio histórico de Campinas.