Apesar de vários percalços no meio do caminho, como a saída de pilares do time após a Série B e a perda de mais atletas importantes durante o Campeonato Paulista, a Ponte Preta superou os prognósticos de que brigaria somente contra o rebaixamento à Série A2 e conseguiu chegar ao mata-mata do torneio estadual mais disputado do Brasil.
A façanha foi alcançada sob a condução do técnico João Brigatti, com um desempenho invicto dentro de casa, embora com apenas uma vitória (sobre o São Paulo) em seis jogos no Majestoso, e um considerável aproveitamento como visitante: três vitórias em seis partidas, com destaque para o histórico triunfo sobre o Corinthians em Itaquera.
No entanto, a última impressão foi negativa: derrota para o lanterna Santo André, que ainda não havia vencido nenhuma partida no campeonato e acabou destinado à queda. A Ponte deu dependia só das próprias forças para se classificar, mas não fez o dever de casa e só avançou graças ao tropeço do Água Santa.
“É um sentimento duplo de derrota e classificação. Sabemos que o nosso comportamento foi muito abaixo. Este jogo serviu para passarmos aos atletas o que não fazer. Sabíamos das dificuldades do gramado, mas não podemos usar isso como desculpa. Não quero que essa última partida manche tudo o que foi feito desde o dia 3 de janeiro. A classificamos foi pelo campeonato que fizemos desde o início. Quero parabenizar o empenho, a garra e a determinação dos atletas”, celebrou João Brigatti.
“Quero agradecer a torcida pelo apoio desde o início do campeonato. A Ponte tem uma torcida fantástica e maravilhosa. Agora é trabalhar em cima do Palmeiras”, disse Brigatti.
A Ponte Preta, agora, terá o maior desafio entre todos os oito times ainda vivos na briga pelo título paulista: superar o Palmeiras, atual bicampeão estadual, dentre tantos outros títulos sob o comando do técnico português Abel Ferreira. Dono da melhor campanha do Paulistão, com 28 pontos, o Verdão está invicto na temporada e venceu oito de suas 13 partidas em 2024.
O duelo entre Ponte e Palmeiras acontece no próximo sábado (16), às 18h, na Arena Barueri, com torcida única da equipe mandante, no caso a da capital paulista. O jogo abre as quartas de final do Paulistão.
“Vamos enfrentar o Palmeiras agora, que é uma equipe muito competitiva. A gente tem que ter uma performance muito diferente para almejar algo no campeonato. O Palmeiras está em um lugar diferente no patamar do futebol. Vamos ter que estudar demais ao longo da semana para ver como iremos contra eles. Mas nos apegamos muito às vitórias contra Corinthians e São Paulo. Vamos trabalhar demais para esse jogo”, garantiu Brigatti.
O comandante pontepretano também comentou sobre o feito de levar a Macaca ao mata-mata do Paulistão, mesmo trocando o pneu com o carro andando. Ou, em outras palavras, remontando o meio-campo após significativas perdas durante o campeonato, leia-se os jovens volantes Felipe Amaral, Felipinho e Léo Naldi.
“Perder três atletas enaltece ainda mais a classificação. A gente vai arrumar um jeito de suprir essas saídas. Deixo com a diretoria. É um clube que precisa fazer caixa e conseguiu uma estabilidade com a saída destes três atletas, mas não podemos enfraquecer demais nosso elenco. Nosso objetivo é grande. Várias equipes estão atrás do Jeh também”, revelou João Brigatti.