O Hospital da PUC-Campinas está entre os 29 centros do Brasil autorizados a realizar testes do novo medicamento da Pfizer contra o agravamento da infecção por Covid-19. O hospital campineiro recebe, já a partir desta quarta-feira (10), inscrições de voluntários interessados em fazer parte do estudo. A única maneira de se candidatar é por meio do WhatsApp (19) 3343-8688.
A previsão do centro de pesquisas do hospital é realizar os testes com 100 voluntários que cumpram os requisitos. Esse estudo da fase 3 feito na unidade é direcionado a maiores de 18 anos de idade, não vacinados contra a Covid-19 e que tenham tido contato com pessoas que tiveram resultado positivo para a doença nos últimos cinco dias.
O tratamento, por meio de ingestão de comprimidos, tem a duração de cinco dias. O voluntário será monitorado diariamente por visitas telefônicas ou presenciais na primeira semana. Em seguida, há espaçamento das visitas, totalizando quatro semanas de acompanhamento.
O medicamento Paxlovid deve ser usado logo após o aparecimento dos sintomas em pessoas com alto risco de desenvolver a forma grave da doença. Em testes preliminares, apresentou redução de 89% do risco de hospitalização ou morte. O tratamento é feito durante cinco dias, duas vezes ao dia. Além da pílula do novo medicamento, os doentes devem receber uma cápsula da droga Ritonavir.
A Pfizer dá andamento a outras duas pesquisas com o novo medicamento. Uma pretende verificar a ação do medicamento em pessoas sem comorbidades e a outra, analisar a eficiência da droga na prevenção da doença.
Pesquisas
O tratamento combinado, que recebe o nome comercial Paxlovid, consiste em três comprimidos administrados duas vezes por dia. A Pfizer começou a desenvolver o medicamento anticovid em março de 2020, o primeiro pensado especificamente contra o coronavírus. A pílula foi projetada para impedir que o vírus se multiplique. Administrá-la junto com ritonavir retarda sua degradação no corpo, disse a empresa.
Os estudos no Brasil envolvem diferentes públicos. Enquanto na PUC-Campinas são considerados os não vacinados que tiveram contato com infectados, no Rio de Janeiro, onde os testes já começaram, podem ser voluntários aqueles que têm resultado positivo para Covid e estão na fase inicial da doença.
O estudo foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pelo Comitê de Ética em Pesquisa e pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa do Conselho Nacional de Saúde..