A Câmara de Campinas votou contra a abertura de uma Comissão Processante (CP) para apurar eventual prática de rachadinha por parte do vereador Marcelo da Farmácia (Avante). Dos 30 parlamentares presentes no plenário na sessão desta quarta-feira (2) à noite, somente dois votaram a favor, Major Jaime (PP) e Paulo Gaspar (Novo). Os demais 28 vereadores desaprovaram a instauração da CP. Assim, o pedido será arquivado. A sessão ordinária marcou a primeira reunião do segundo semestre, após o recesso de julho.
O documento foi protocolado na terça-feira (1) na Câmara. Marcelo da Farmácia foi denunciado pelo seu ex-chefe de gabinete, Cristiano da Silva Pereira, que pediu a cassação do parlamentar. Ele acusa Marcelo de exigir o repasse mensal de R$ 3 mil do seu salário para o pagamento de um imóvel. De acordo com a denúncia, foram oito meses de repasse, de outubro de 2022 a maio de 2023.
A denúncia ainda aponta que o vereador confiscou os cartões de vale-alimentação e vale-refeição do assessor.
Os benefícios estariam sendo usados pela mulher de Marcelo. O advogado Cláudio Roberto Nava, que assina o documento, garante ter provas do histórico de despesas.
A denúncia de 16 páginas foi lida na sessão desta quarta-feira, obedecendo parâmetro legal que estabelece a análise do documento na primeira reunião ordinária subsequente à apresentação do protocolo. Caso aprovada, a CP seria constituída por três vereadores indicados por sorteio. Como a grande maioria votou contra a abertura da comissão, o documento será arquivado. Após o resultado da votação, Marcelo da Farmácia recebeu os cumprimentos de aliados no plenário da Câmara. Houve aplausos quando o presidente da Casa, Luiz Carlos Rossini, leu o resultado.