O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) pediu à presidência da CPI da Pandemia que o colegiado requisite a prisão preventiva de Marconny Nunes Ribeiro Albernaz de Faria à autoridade judicial competente, além da apreensão de seu passaporte e comunicação à Interpol.
Segundo Randolfe, já estaria configurada a fuga de Marconny, apontado como lobista da Precisa Medicamentos em suposto esquema de corrupção no Ministério da Saúde.
A CPI da Pandemia tinha agendado para esta quinta-feira (2) o depoimento de Marconny, mas ele não apareceu. Randolfe comunicou que a CPI solicitou à Polícia do Senado que conduza Marconny Faria para depoimento à CPI.
Caso ele não seja localizado, Randolfe disse que pedirá sua prisão preventiva. A partir daí, ele pode ser considerado foragido, com a possibilidade de que a Interpol seja acionada para proceder à prisão, caso não mais esteja no Brasil.
A CPI obteve mensagens trocadas entre Marconny o ex-secretário da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) José Ricardo Santana. Na conversa, Santana menciona que conheceu o suposto lobista da Precisa na casa da advogada do presidente da República, Jair Bolsonaro, Karina Kufa, que deverá ser ouvida nas próximas reuniões da CPI.
Atestados
Omar Aziz (PSD-AM) voltou a criticar o teor de atestados médicos assinados por profissionais do Hospital Sirio-Libanês a duas testemunhas convocadas para depor à CPI: o lobista Marconny Faria e o advogado Marcos Tolentino. O presidente da comissão disse que os profissionais responsáveis pela emissão dos documentos estão “comprometidos eticamente”.
“O médico deu atestado de 20 dias. Horas depois, entrou em contato com a CPI e disse que percebeu que ele [Marconny Nunes] estava fingindo. Se percebeu que estava fingindo, não poderia ter dado 20 dias para um homem desses. Mas deu assim mesmo. O médico disse que estava pensando em desfazer o atestado, mas que iria consultar um advogado sobre como não se comprometer eticamente. Ora, o senhor já está comprometido eticamente”, disse Omar Aziz. (Agência Senado)