As obras no estádio do Pacaembu, que foi concedido à iniciativa privada, tiveram início na manhã desta terça (29) com a demolição do tobogã, uma arquibancada construída na década de 70 localizada atrás de um dos gols. O tobogã era um dos símbolos do estádio e sua demolição vinha sendo contestada judicialmente pela Associação Viva Pacaembu.
A associação alegava que o tobogã não poderia ser demolido por causa do tombamento do estádio, mas a prefeitura afirma que a estrutura foi construída muito tempo depois, não fazia parte da estrutura original e não estava protegida pelo tombamento. O estádio foi inaugurado em 1940.
No lugar do tobogã será construído um edifício multifuncional, com um centro de convenções e um novo estacionamento.
“A reforma no tobogã é a intervenção mais longa. Vamos fazer a demolição do tobogã, depois escavação e a construção do centro de convenções e eventos. Como esse será o cronograma mais longo, estamos começando por aí. A reforma no clube esportivo é basicamente um restauro. Por ser um cronograma mais curto, vamos deixar para depois”, disse Eduardo Barella, CEO da Allegra Pacaembu, concessionária do complexo esportivo do Pacaembu. O complexo é composto pelo estádio e pelo centro desportivo.
Para a demolição do tobogã, não serão utilizados explosivos, mas equipamentos como escavadeiras, guindastes, marteletes e tesouras hidráulicas. Segundo a empresa, cerca de 30 operários vão trabalhar na demolição da estrutura, o que deve durar de três a quatro meses. A ideia da empresa é reaproveitar todo o concreto do tobogã.
“A obra começou hoje e será entregue em outubro de 2023. Serão 500 novos empregos só na gestão da obra, no trabalho dessa obra. Isso traz para a cidade de São Paulo mais um importante espaço de entretenimento”, disse hoje (29) o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes.