A Guarda Costeira dos Estados Unidos continua sem sinais do submarino desaparecido desde domingo (18) no Atlântico Norte, quando realizava uma descida aos destroços do Titanic, com cinco pessoas a bordo. Autoridades disseram que restam menos de 40 horas de oxigênio a bordo.
O capitão da Guarda Costeira dos EUA, Jamie Frederick, admitiu que as buscas do Titan, realizadas com ajuda do Canadá, “não deram resultados” por enquanto, mas que continuam as operações para detectar o submersível e os seus ocupantes, de nacionalidade norte-americana, britânica e francesa.
O jornalista da cadeia televisiva norte-americana CBS News David Pogue, que viajou até ao Titanic a bordo do Titan no ano passado, disse que o veículo usa dois sistemas de comunicação: mensagens de texto trocadas com um navio de superfície; e ‘pings’ de segurança que são emitidos a cada 15 minutos para indicar que o submarino está em funcionamento.
Ambos os sistemas pararam cerca de uma hora e 45 minutos depois de o Titan ter submergido, no domingo.
“Isso significa uma de duas coisas: ou eles perderam toda a energia ou o submersível abriu uma brecha no casco e implodiu instantaneamente. Ambas são devastadoras”, disse Pogue.
A França anunciou que o instituto Ifremer de ciências oceânicas enviou um navio, o Atalante, equipado com um robô subaquático, o Victor 6.000, para procurar o submersível.
O Victor 6.000 deve chegar ao seu destino nesta quarta-feira (21) e vai mergulhar até uma profundidade de cerca de 4.000 metros para realizar a operação de busca.
O secretário do Mar francês, Hervé Berville, explicou que se trata de um pedido expresso do Presidente francês, Emmanuel Macron.
A comunicação com o submersível foi perdida 45 minutos após o início do mergulho, no domingo à noite (hora local), disse a empresa OceanGate Expeditions, proprietária da embarcação e organizadora das viagens aos destroços do Titanic.
Os restos do Titanic – que afundou após colidir com um iceberg, em 1912 – estão a uma profundidade de cerca de 3.800 metros e a uma distância de 640 quilômetros a sul da ilha canadense de Newfoundland.
A comunicação foi interrompida quando a embarcação estava a cerca de 700 quilômetros a sul de São João da Terra Nova, segundo o Centro de Coordenação de Salvamento Conjunto do Canadá, citado pela agência norte-americana AP.
O submersível tinha uma reserva de oxigênio de 96 horas quando foi ao mar, de acordo com David Concannon, um conselheiro da OceanGate, o que transforma a operação num contrarrelógio.