JANEIRO
O ano de 2021 começou com várias mudanças no mundo todo, sobretudo na política. Na Europa, o Reino Unido concluiu o processo do Brexit, a saída da União Europeia. Nos Estados Unidos, a posse de Joe Biden foi marcada por uma série de conflitos incluindo a invasão do Capitólio Americano por manifestantes a favor do candidato derrotado, Donald Trump. A ação deixou quatro pessoas mortas e 50 feridas. Trump, aliás, sofreu um processo de impeachment pelo Congresso Americano. Porém, foi absolvido pelos senadores.
Em Campinas, Dário Saadi (Republicanos) assumiu o governo municipal, em sucessão a Jonas Donizette (PSB), seu aliado, que ficou oito anos no poder. Dário havia derrotado nas eleições Rafa Zimbaldi. O principal desafio do médico urologista foi justamente a pandemia do novo coronavírus, as estratégias de vacinação, o impacto econômico na cidade e a coordenação das redes de suporte e assistência aos milhares de pacientes.
A posse ocorreu na manhã de uma sexta-feira, 1º de janeiro, para o quadriênio de 2021 a 2024. O vice-prefeito, Wanderley de Almeida (Wandão), também foi empossado. A sessão foi virtual, realizada pela Câmara Municipal de Campinas. Na sequência, o ex-prefeito Jonas Donizette e o vice, Henrique Magalhães Teixeira, fizeram a transmissão de cargo para os dois novos chefes do Executivo campineiro.
Saadi agradeceu aos eleitores, ao ex-prefeito Jonas Donizette e sua gestão e reafirmou os compromissos do seu plano de governo para diversas áreas, em especial saúde, educação e geração de empregos.
Crise em Manaus provocada pela Covid-19
No Brasil, o estado do Amazonas viveu uma crise de saúde provocada pela pandemia da Covid-19. Escassez de leitos e, sobretudo, de oxigênio. No dia 12, o governador Wilson Lima afirmou que, só nos estabelecimentos públicos de saúde, a demanda pelo produto tinha aumentado mais de 11 vezes além da média diária de consumo em virtude do crescimento do número de casos.
Em Manaus, também se descobriu uma nova variante do novo coronavírus identificada por pesquisadores japoneses em viajantes que estiveram no estado. Inicialmente denominada de P1, a variante passou a se chamar Gamma.
Aprovação de imunizantes e início da vacinação no Brasil
No dia 7, o país teve a notícia sobre a eficácia da vacina que estava sendo produzida pelo Instituto Butantan: a CoronaVac. De acordo com o governo de São Paulo, o imunizante apresentou eficácia mínima de 78%. No mesmo dia, o Ministério da Saúde anunciou assinatura de contrato com o Instituto Butantan para adquirir até 100 milhões de doses da vacina.
No dia seguinte (8), o presidente Jair Bolsonaro enviou uma carta ao primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, na qual solicitava urgência no envio para o Brasil das doses da vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca produzidas na Índia.
Ainda não havia autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o uso emergencial de nenhum imunizante no Brasil. Mas, no dia 17 de janeiro, um domingo, a agência se reuniu extraordinariamente para decidir os pedidos de autorização para uso emergencial de vacinas contra a Covid-19. Por unanimidade, os cinco diretores da Anvisa aprovaram o uso emergencial da CoronaVac e da vacina de Oxford (AstraZeneca).
Na manhã do dia seguinte (18), começou a distribuição dos imunizantes para todos os estados.
Alguns deles, como Goiás, Piauí, Santa Catarina e São Paulo, iniciaram a vacinação no próprio domingo. Porém, a maioria começou na segunda, dia 20. A vacinação teve início pelos grupos prioritários da chamada Fase 1: trabalhadores de saúde, pessoas institucionalizadas (que residem em asilos) com 60 anos de idade ou mais, pessoas institucionalizadas com deficiência e população indígena aldeada.
FEVEREIRO
O mês de fevereiro foi marcado pelo avanço da Covid-19 e de suas novas variantes mesmo com o início da vacinação. Em 26 de fevereiro, o Boletim Observatório Covid-19 trouxe a informação de que a ocupação das unidades de terapia intensiva (UTIs) dedicadas a infectados pelo novo coronavírus chegou ao pior nível desde o início da pandemia, que começou em março de 2020. Em 12 estados e no Distrito Federal (DF), mais de 80% dos leitos Covid-19 estavam ocupados. Com cerca de 1,5 mil mortes diárias, diversos governadores resolveram retomar medidas mais drásticas como o toque de recolher e o lockdown.
Enquanto isso, a campanha de vacinação começava a dar os primeiros passos. O Ministério da Saúde concluiu no dia 25 o envio das doses necessárias para a imunização contra Covid-19 de 100% dos idosos de 60 anos ou mais que vivem em asilos e demais idosos acima de 90 anos.
Em Campinas, o prefeito Dário Saadi decidia pela adoção da Fase Vermelha, com restrição de circulação entre 21h e 5h. Nesse horário, apenas serviços essenciais estavam autorizados a funcionar, como hospitais, padarias e farmácias.
Câmara dos Deputados
No dia 23, na volta aos trabalhos da Câmara dos Deputados, o Conselho de Ética decidiu instaurar processo contra a deputada Flordelis (PSD-RJ), acusada de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019. No dia seguinte, foi escolhido o relator do processo de quebra de decoro: Alexandre Leite (DEM-SP). No dia 24 foi entregue ao presidente da Câmara o projeto que permite a privatização dos Correios.
Primeiro satélite totalmente nacional
Encerrando o mês, o Brasil lançou o primeiro satélite produzido com tecnologia 100% nacional: o Amazonia 1. O lançamento ocorreu a partir do Centro Espacial Satish Dhawan, na cidade de Sriharikota, na província de Andhra Pradesh, na Índia.
MARÇO
O mês de março começou com 18 estados brasileiros mais o Distrito Federal com ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) para Covid-19 em mais de 80%, sendo que dez estavam com ocupação acima de 90%. Com o avanço da pandemia, a busca por mais imunizantes se intensificou.
Março também foi o mês da primeira vacinação em massa contra o coronavírus. A escolhida foi a cidade de Serrana (SP). A população participou de estudo clínico do Instituto Butantan para medir a eficácia da CoronaVac contra a disseminação do novo coronavírus.
E no fim do mês – mais precisamente no dia 23 – o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, deixou o cargo. No lugar dele, assumiu o médico cardiologista Marcelo Queiroga.
No início do mês, no dia 4, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral foi condenado a mais dez anos de prisão, que se somaram a 332 anos de reclusão por crimes de fraudes investigados pela Operação Lava Jato. No mesmo dia, outro ex-governador do Rio, Antony Garotinho, teve a pena aumentada e se tornou inelegível por oito anos. No dia 8, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu anular as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato. O ministro entendeu que a 13ª Vara Federal em Curitiba não tinha competência legal para julgar as acusações.
Auxílio emergencial
Ainda em março, o presidente Jair Bolsonaro enviou ao Congresso Nacional a medida provisória que institui o Auxílio Emergencial 2021, para atender à população mais vulnerável. O texto prevê o pagamento de quatro parcelas mensais de R$ 250, em média.
Hora Campinas chega ao mercado
O dia 25 de março marca o início das operações do portal Hora Campinas. Produzido por oito jornalistas e com suporte técnico digital de alta qualidade, o projeto se insere como um modelo de jornalismo profissional independente, ocupando espaço num segmento carente de noticiário comunitário em tempo real. O Hora chegou com mais oito colunistas, reforçando a pluralidade e o respeito às opiniões. O portal iniciou as atividades com patrocínio de empresas que confiaram em seu projeto.
(Agência Brasil e Hora Campinas)