Estudos feitos pelo Observatório PUC-Campinas com dados da balança comercial da Região Metropolitana de Campinas (RMC) do mês de agosto mostram melhora da atividade do setor externo em relação ao mesmo período do ano anterior. Houve aumento das exportações para todos os principais destinos.
A alta ocorre, aponta o levantamento, apesar dos problemas estruturais do déficit comercial regional causados pela dependência das importações de insumos externos.
Os dados utilizados nas análises são da base do Ministério da Economia. “É importante ressaltar que as estatísticas de volume de comércio, baseadas em valores monetários, sofrem efeitos inflacionários importantes no período”, ressalta o estudo, coordenado pelo Prof. Dr. Paulo Ricardo da Silva Oliveira, com auxílio de João Pedro Toledo Tricoli.
Além dos dados quantitativos, agregados e desagregados por município, segundo a pesquisa, apresenta-se a qualificação da pauta de exportação e importação da RMC a partir de cruzamentos dos dados de comércio com os índices de Complexidade de Produtos, calculados pelo Observatório de Complexidade Econômica do MIT Mídia Lab1.
Destaca-se o aumento de 21,18% nas exportações e elevação de 28,45% nas importações da RMC, resultando em aumento de 31,72% no déficit regional, para o mês de agosto de 2022, apontam os pesquisadores.
A participação nas importações e exportações do estado de SP foi de 21,61% e 7,41%, respectivamente.
Entre os produtos exportados, destaca-se o crescimento do valor das exportações de inseticidas e produtos agrícolas, máquinas construção civil, pneus e partes e acessórios de veículos.
Entre os importados, o realce é para o aumento no valor importado de compostos inorgânicos, diodos, transistores e dispositivos semelhantes semicondutores, máquinas para processamento de dados, compostos heterocíclicos com nitrogênio, ácidos nucleicos e seus sais; outros compostos heterocíclicos, inseticidas e produtos agrícolas.