Os municípios da RMC (Região Metropolitana de Campinas) vão retomar as barreiras sanitárias nas entradas das cidades e reforçar a fiscalização contra festas clandestinas em chácaras com objetivo de tentar reduzir a circulação de pessoas ao longo do feriado prolongado de Corpus Christi.
Preocupados com o aumento no número de casos, internações e mortes por conta da pandemia da Covid-19, os prefeitos que integram o Conselho de Desenvolvimento se reuniram, de maneira extraordinária e virtual, na manhã desta terça-feira (1).
As barreiras terão inicia nesta quarta e vão se prolongar até domingo
As barreiras terão início na tarde desta quarta-feira (2) – véspera do feriado – e seguirão sendo realizadas até domingo (6). As Administrações também vão intensificar o trabalho de conscientização junto à população e, caso os números não retrocedam, os prefeitos poderão se reunir novamente já no início da próxima semana para discutir a adoção de medidas mais restritivas.
Para definir detalhes das barreiras sanitárias e do trabalho de fiscalização contra festas clandestinas, a Agemcamp (Agência Metropolitana de Campinas), por meio da Câmara Temática de Segurança, realizará na manhã desta quarta-feira uma reunião virtual com secretários e diretores ligados à área da segurança de cada um dos 20 municípios. Representantes da Polícia Militar e da Polícia Civil também já confirmaram participação.
A ideia é que o trabalho seja semelhante ao realizado entre os dias 26 de março e 4 de abril em toda a RMC – período que coincidiu com o “megaferiado” anunciado, na ocasião, pela Prefeitura de São Paulo – quando as vigilâncias sanitárias e guardas municipais de cada cidade, com apoio da Polícia Militar, promoveram as barreiras em determinados horários do dia e da noite com objetivo de abordar veículos com placas de fora da região, além de aferir a temperatura das pessoas. O trabalho foi chamado de “cinturão regional”.
“Existe uma preocupação grande por conta do recente aumento no número de casos, internações e mortes nas cidades da Região Metropolitana de Campinas. E está bem claro para os prefeitos que o problema não são os restaurantes, o comércio de uma forma geral.
“O grande problema são as festas clandestinas re reuniões familiares”
O grande problema são as festas clandestinas, em sua maioria, realizadas em chácaras, e até mesmo as reuniões familiares com grande número de pessoas”, explicou o diretor-executivo da Agemcamp, Benjamim Bill Vieira de Souza.
O prefeito de Jaguariúna e presidente do Conselho de Desenvolvimento da RMC, Gustavo Reis, alertou para a possibilidade de adoção de medidas mais restritivas já na próxima semana, caso os números regionais não retrocedam.
“Algumas cidades estão registrando aumento nos casos e internações”
“Algumas cidades, como Hortolândia e Valinhos, por exemplo, estão registrando um aumento muito grande nos casos e nas internações. Em Hortolândia, o número diário de consultas na unidade respiratória passou de 50 para 170, com todos os leitos Covid ocupados.
O cenário em vários outros municípios é o mesmo. Então, caso não haja uma melhora rápida, teremos que discutir medidas mais duras, assim como fizeram outras regiões do Estado”, disse o presidente do colegiado. (Com informações da Agemcamp)