Maria Mercedes Chaves, conhecida como Maria Lata D’Água, faleceu nesta sexta-feira (23), aos 90 anos.
Dona Maria inspirou a marchinha carnavalesca “Lata D’Água” – de Luís Antonio e Jota Júnior, em 1952.
Ela tornou-se missionária na comunidade Canção Nova em 2004, e passou a ser uma “sambista de Deus”, como costumava dizer.
Na Canção Nova, exerceu o ministério extraordinário da comunhão e fez parte do grupo de intercessão.
Sepultamento
Seu corpo está sendo velado no Velório Municipal de Cachoeira Paulista (SP). Ao meio-dia deste sábado (24) acontecerá a missa de corpo presente no Santuário do Pai das Misericórdias, na Canção Nova.
História
Maria lançou em 2017 sua autobiografia “Lata D’água na cabeça – Da passarela ao Sacrário”, no qual relatou momentos importantes da sua vida e seu trabalho como missionária católica.
Nascida em 25 de setembro de 1933, em Diamantina (MG), durante sua infância, pegava água numa bica, acompanhada pela mãe, para suprir a necessidade da família.
Aos 11 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde, dos 13 aos 16 anos, viveu em situação de rua.
Conheceu pessoas do meio artístico que a levaram para uma apresentação num circo e, aos 18 anos, sambou pela primeira vez com uma lata de água (20 litros) na cabeça.
Com o sucesso dessa apresentação, a sambista foi parar no programa do Chacrinha. Nas décadas de 50 a 70, encantou o carnaval carioca, desfilando durante décadas em diversas Escolas de Samba, e passou pelos palcos mais importantes da Europa, onde morou por 30 anos.