Dados sobre a Covid-19 apresentados nesta quarta-feira (9) pela Prefeitura de Campinas levam o secretário de Saúde de Campinas, Lair Zambon, a acreditar que dentro de aproximadamente dois meses, a pandemia poderá se transformar em endemia Campinas. Segundo a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) de Campinas, Andrea Von Zuben, houve redução de 98,9% casos graves e leves de SRGA (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e de 95,9% no número de mortes.
“Finalmente estamos mais otimistas a partir dos dados nacionais, do estado e de Campinas sobre a Covid-19. Se esses números se mantiverem por pelo menos mais dois meses num momento de baixa, e não surgirem novas variantes, sairemos da pandemia e entraremos num quadro de endemia” afirmou o Zambon durante a live em que o prefeito Dário Saadi confirmou que Campinas seguirá o estado e desobrigará o uso de máscaras em ambientes abertos.
Pandemia é quando uma enfermidade atinge níveis mundiais, como foi o caso do novo coronavírus, que há mais de dois anos afeta todo o planeta. Já a endemia é quando a doença tem atuação localizada e padrão estável, é recorrente na região, mas não há um aumento significativo no número de casos e a população convive com ela. É o caso, por exemplo, da dengue.
“Provavelmente a Covid será recorrente, então, a vacinação será obrigatória todos os anos, assim como ocorre com a vacina da influenza, mas hoje finalmente temos uma luz no fim do túnel”, acrescentou o secretário de Saúde.
A partir da próxima semana, Zambon acredita que novas flexibilizações com relação ao uso da máscara poderão ocorrer em Campinas, mas reforça que o transporte público deve ser um dos últimos a permitir a liberação do uso. Lair Zambon ainda pediu bom-senso por parte da população quanto ao uso de máscaras, sobretudo em função dos grupos mais vulneráveis à doença.
“É preciso lembrar de tomar a terceira dose e levar em consideração as pessoas idosas, com comorbidades e sintomáticas respiratórias. Tivemos muitos casos de ômicron focados em idosos e pessoas com comorbidades. Nesses grupos temos de tomar cuidado com relação às máscaras.”
O secretário também destacou a baixa adesão à vacinação infantil em todo o Brasil. “Precisamos mudar nossos conceitos em relação à vacinação infantil. Acho um ato criminoso falar contra a vacinação infantil”.