Os funcionários do Bosque dos Jequitibás realizaram uma paralisação na manhã desta terça-feira (5). Segundo os servidores, a ação teve início às 5h e permaneceu até as 10h30. Uma reunião com o diretor do Departamento de Parques e Jardins (DPJ), Luís Cláudio Mollorá, encerrou o ato, após a promessa de que as principais reivindicações serão atendidas.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Campinas (STMC), o protesto teve como objetivo chamar a atenção da Prefeitura para diversos problemas, entre eles a falta de pagamento referente à hora-escala, hora-extra, sobreaviso e insalubridade.
Os servidores também alegam falta de acesso a Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e escala desumana de serviço em função do baixo número de trabalhadores no espaço. “Não adiantou reabrir o Bosque sem resolver as demandas urgentes dos trabalhadores”, critica Rodolfo Fais, diretor do STMC.
A Prefeitura, por sua vez, discordou do posicionamento dos servidores.
Em nota, a Administração se manifestou:
“Sobre a paralisação de cinco servidores no Bosque dos Jequitibás, a Prefeitura de Campinas informa que não procede a informação sobre falta de EPIs. Os equipamentos de proteção individual estão garantidos a todos os funcionários durante as atividades laborais. Não falta nada. Está aberto processo para contratar funcionários especializados na alimentação dos animais. O processo está em andamento. Sobre horas extras e horas sobreaviso, o mesmo funcionário não pode fazer horas-extras e receber horas sobreaviso de forma continuada. A Prefeitura segue decisão do Tribunal de Contas neste sentido”, diz a nota.
Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Público Municipal de Campinas informou que “o Bosque voltou a funcionar depois da realização de uma assembleia dos trabalhadores paralisados que aceitaram voltar ao trabalho mediante compromisso da Administração Municipal de atender as reivindicações”.
O diretor do Sindicato dos Servidores, Rodolfo Fais, afirmou que o governo municipal pediu um prazo até 20 de setembro para pagar o sobreaviso, entregar os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) que faltam e resolver outros problemas que afetam os trabalhadores e a manutenção do Bosque.
O diretor completa que a contratação de servidores por meio de concurso público continuará sendo discutida com a Administração Municipal porque demanda mais tempo para ser resolvida. “Se a Prefeitura não cumprir a proposta que fez de resolver os problemas mais urgentes até dia 20 de setembro, os trabalhadores e trabalhadoras voltarão a cruzar os braços no Bosque dos Jequitibás”, avisa Fais.
Reabertura
O Bosque dos Jequitibás foi reaberto no dia 12 de agosto depois de ficar mais de seis meses fechado após a queda de um eucalipto, na Lagoa do Taquaral, no dia 24 de janeiro, que matou uma menina de 7 anos de idade e provocou a interdição de todos os parques da cidade.
O Bosque foi um dos últimos espaços a serem reabertos por ser patrimônio tombado e alvo de polêmica entre poder público e ambientalistas. A reabertura aconteceu após a remoção de 98 árvores no local.