Apesar da alta da inflação, da pandemia e da crise econômica, a maioria dos empresários do setor de supermercados está confiante em aumento de vendas no final de ano. Levantamento divulgado nesta sexta-feira (12) pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) aponta que a expectativa de 51% é que haja crescimento em relação ao ano passado, enquanto 39% esperam que o movimento fique no mesmo patamar de 2020. A estimativa da Abras é que sejam abertos 30 mil postos de trabalho sazonais.
Entre os que esperam um fim de ano melhor do que o anterior, 52% estimam que o aumento das vendas chegue a 17%. Há também uma previsão de abertura de vagas de emprego, com 41% dos empresários dizendo que vão fazer contratações temporárias para atender à demanda do Natal.
Para o vice-presidente Administrativo e Institucional da Abras, Marcio Milan, com as medidas restritivas contra a disseminação do novo coronavírus chegando ao fim, as comemorações deste ano devem ser maiores, com reunião de famílias e amigos. “Nós tínhamos muitas restrições em dezembro do ano passado. Este ano vamos estar praticamente liberados. Ou seja, as famílias vão estar comemorando mais”, disse.
Inflação
Entre os 35 produtos mais consumidos em supermercados, o café teve o maior aumento de preços em 2021, com inflação acumulada de 33,9% até setembro. O açúcar registra alta de 30,3% e o ovo de 22,5%. Esse conjunto de produtos custou, em média, R$ 684,99 em setembro, uma elevação de 1,37% na comparação com agosto e de 18,84% em 12 meses.
Segundo Milan, a alta da inflação acontece em uma conjuntura internacional de elevação de preços, além de questões pontuais, como a geada que afetou a produção de café no Brasil.
O consumo das famílias teve queda de 1,13% em setembro na comparação com o mesmo mês de 2020, segundo levantamento divulgado hoje (12) pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). No acumulado dos nove primeiros meses do ano, entretanto, o Índice Nacional de Consumo nos Lares Brasileiros registrou alta de 3,13%
Segundo, apesar da queda no mês, a entidade mantém a previsão de crescimento de 4,5% em 2021 devido aos bons resultados da imunização contra a covid-19. “A vacinação hoje está bastante avançada. A economia praticamente destravada nos seus negócios”, ressaltou.