A alergia é um problema sério, que atinge, em graus variados, de 10% a 20% da população. Nesta quinta-feira (8) é celebrado o Dia Mundial da Alergia, data criada pela Organização Mundial da Saúde para conscientizar as pessoas sobre a importância do assunto, já que, em alguns casos, a alergia pode causar até a morte. A Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (SMCC) está fazendo um alerta para que as pessoas entendam melhor o assunto e pratiquem a prevenção.
A alergia é uma reação exagerada do sistema imunológico, que desencadeia sintomas imediatos ou a longo prazo.
É o mesmo mecanismo que o sistema imunológico utiliza para defender o corpo quando entende que algo nocivo pode atacá-lo, como as bactérias. Em alguns casos, há uma sensibilidade maior e, mesmo diante de uma substância inofensiva, o organismo tem uma reação exacerbada.
O diretor científico da SMCC (Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas), Dr. Antônio Condino Neto, que também é coordenador do Departamento Científico de Alergia e Imunologia da entidade, explica as causas, os tipos mais comuns, os tratamentos e a prevenção da alergia.
Segundo o médico, os fatores causadores de alergia, como pólens e poeira domiciliar rica em ácaros, ativam a produção de anticorpos da classe IGE (imunoglobulina E) e esses, por sua vez, ativam células chamadas mastócitos. “Elas liberam mediadores inflamatórios e causam sintomas de alergia, como, por exemplo, a coceira, a obstrução nasal, os espasmos da musculatura brônquica, a falta de ar, a vermelhidão na pele, o vômito e a diarreia, no caso dos alérgenos alimentares. Portanto, é uma reação inflamatória alérgica”, explica o especialista.
Os tipos mais comuns de alergia são rinite alérgica, asma, dermatite atópica, alergias alimentares e urticárias. Em torno de 10% a 20% das pessoas têm alergia em grau variável. Nas crianças pequenas, alerta o médico, a maioria frequência é de problemas com a pele, enquanto nas crianças maiores, adolescentes e adultos, predominam os problemas respiratórios.
Tratamento
O tratamento do problema inclui a prevenção. Identificar as causas de alergia e evitar o contato dentro do possível. Existem vacinas, as chamadas imunoterapias para alergia, que é um tratamento que induz a tolerância àquilo que nos causa as alergias. Então são as chamadas imunoterapias ou vacinas para alergia. Além disso, existem os broncodilatadores, para asma; os anti-histamínicos, para as coceiras; corticoides inalatórios, para asma e rinite; corticoides tópicos, para as dermatites. E os próprios anti-histamínicos, para as coceiras.
Segundo Condino Neto, a prevenção é possível. “Se identificarmos as causas mais comuns, é possível evitar a exposição aos fatores alérgenos e, com isso, diminuir a incidência de sintomas e complicações”, afirma.