O governo do estado de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (5), que vai ingressar com uma ação na Justiça contra o Ministério da Saúde, que teria reduzido em 50% a quantidade de doses da Pfizer destinadas ao estado.
De acordo com o governo paulista, a decisão do Ministério impacta diretamente no programa estadual de imunização e inviabiliza o plano estadual de vacinar adolescentes com comorbidades e deficiência, além de adolescentes grávidas e puérperas, a partir do dia 18 de agosto, como estava previsto.
“O início de vacinação para esse grupo está em aberto, até que o Ministério garanta o envio das doses”, disse o secretario executivo da secretaria estadual de saúde, Eduardo Ribeiro. O estado pede o envio de 228 mil doses do imunizante, já que esse grupo só pode receber o imunizante da Pfizer.
Segundo Ribeiro, São Paulo teria direito a 22% do total de doses do Programa Nacional de Imunização e que essa proporção vinha sendo obedecida até agora. “Só que na última, ao invés de entregar um mínimo de 20%, eles enviaram apenas 10%”, afirmou ele. O governo paulista chegou a enviar um ofício ao Ministério pedindo explicações e dando um prazo de 24 horas para que o envio fosse retomado. Até o começo da tarde, o Ministério da Saúde não respondido ao ofício, segundo o secretário estadual de saúde , Jean Gorinchteyn.
O Ministério convocou uma coletiva de imprensa na noite de ontem e disse que não há represamento das doses destinadas a São Paulo. Disse que não há percentual fixo a ser enviado aos estados e que a distribuição feito pela União visa maior equidade entre os estados da federação.
A ação
A Procurador Geral do Estado, Lia Porto informou que a ação está sendo preparada, mas não explicou detalhes. “Os caminhos , nós ainda estamos discutindo, mas é certo que vamos entrar”, disse ela.