Portugal surpreendeu três vezes na partida que o classificou para as quartas de final da Copa do Mundo do Catar. A primeira vez foi ainda antes do apito inicial, quando a escalação não trouxe o nome de Cristiano Ronaldo. Depois, quando o garoto Gonçalo Ramos, o escolhido para substituir CR7, meteu três gols e estabeleceu o primeiro hat-trick desta edição do torneio. E, por fim, quando conseguiu a vitória mais elástica dos oito jogos das oitavas.
Com a goleada por 6 a 1 sobre a Suíça, uma adversária famosa por ter sistemas defensivos bem sólidos e que costuma vender caro o resultado quando se depara com adversários da prateleira de cima do futebol mundial, os portugueses se classificaram pela terceira vez na história para as quartas.
Antes do Qatar-2022, os lusos só ficaram entre as oito melhores vezes da Copa na Inglaterra-1966 e na Alemanha-2006 (justamente a primeira disputada por Ronaldo). Nas duas ocasiões, eles foram além e também jogaram as semifinais.
Para manter essa tradição, Portugal terá de desbancar no sábado a seleção de Marrocos, responsável pela eliminação da campeã mundial Espanha. Já a Suíça igualou sua campanha de quatro das últimas cinco participações em Copas (na África do Sul-2010, caiu ainda na primeira fase).
A torcida portuguesa certamente estava apreensiva se Gonçalo Ramos aguentaria o peso de substituir CR7 em uma partida tão importante.
A resposta demorou apenas 17 minutos para ser dada. Em uma jogada que começou em um arremesso lateral, o centroavante do Benfica recebeu a bola de costas para o gol, girou usando o corpo, soltou um míssil no ângulo da meta adversária e abriu caminho para a vitória lusa.
Os gols da partida foram marcados por Gonçalo Ramos, aos 17 min do 1º tempo, aos 5 min e aos 22 min do 2º tempo, Pepe, aos 32 min do 1º tempo, Raphael Guerreiro, aos 10 min do 2º tempo, e Rafael Leão, aos 47 min do 2º tempo, para Portugal; Manuel Akanji, aos 12 min do 2º tempo, para Suíça.
Com 39 anos e 283 dias, Pepe se transformou nesta terça-feira no segundo jogador a mais velho a balançar as redes em uma partida de Copa. Em toda a história do torneio, o zagueiro só está atrás do camaronês Roger Milla, que marcou aos 42 anos e 39 dias nos Estados Unidos-1994.
O português também virou o atleta de maior idade a fazer um gol nos mata-matas decisivos de um Mundial.
