A “bolha de calor” que sufoca os campineiros e quem mora na região se repete em outros lugares do País. O
ar seco predomina sobre o Brasil e a baixa umidade no ar está dificultando a formação de nuvens e ocorrência de chuva. Nuvens mais densas, por enquanto, só no Rio Grande do Sul, Uruguai, Argentina e Paraguai, em decorrência da acentuada queda da pressão atmosférica que ocorre nesta região. Precipitação também poderá ser registrada em alguns locais do Norte e do Nordeste.
Santa Catarina, Paraná, toda a Região Sudeste, os estados do Centro-Oeste e a maioria das áreas do Nordeste passam esta terça-feira com muito sol e baixa umidade no ar.
Incêndios
Com o tempo seco, os incêndios estão se alastrando pelo País neste período de estiagem. Para se ter uma ideia, o combate ao fogo que atingiu o Parque Estadual do Juquery, na Grande São Paulo, no final de semana, continuou ao longo da manhã desta segunda-feira (23), mobilizando o Corpo de Bombeiros, brigadistas e voluntários. Segundo a Prefeitura de Franco da Rocha, que participa do enfrentamento ao incêndio, as chamas já haviam consumido mais da metade da vegetação do parque.
O Juquery tem área de quase 2 mil hectares de Cerrado. É o último fragmento desse bioma na Região Metropolitana de São Paulo. A área de conservação foi criada em 1993 entre os municípios de Caieiras e Franco da Rocha.
De acordo com a Prefeitura de Franco da Rocha, o fogo pode ter começado com a queda de um balão na manhã de domingo (22). Para combater as chamas, foi utilizado até um helicóptero da Polícia Militar que lançou água retirada da Represa Paiva Castro.
O fogo fez com que animais silvestres fugissem da área e invadissem rodovias próximas. A fumaça e as cinzas do incêndio chegaram até a região central de Franco da Rocha e também a outros municípios, incluindo a Capital paulista.
Centro-Oeste
O drama não é diferente no Centro-Oeste, na região pantaneira. A Prefeitura de Corumbá (MS) pediu ajuda aos governos federal e de Mato Grosso do Sul para combater as queimadas. Com o período de seca, os incêndios florestais aumentaram na região e estão se aproximando de áreas habitadas. Nos últimos dias, a cidade chegou a ficar encoberta pela fumaça das queimadas.
Segundo o prefeito Marcelo Iunes, a seca deste ano está maior que em 2020. Ele também pediu ajuda da bancada de parlamentares do estado para que uma base do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (ibama) permaneça no município de forma permanente.
“Pela legislação, a preservação do Pantanal é atribuição do estado e da União, mas não podemos e não vamos ficar de braços cruzados esperando uma solução. Precisamos de novo da união de todos, inclusive dos nossos deputados estaduais para evitar uma tragédia ainda maior na nossa natureza”, afirmou.
Porto Murtinho
Em Porto Murtinho (MS), também na região pantaneira, imagens postadas nas redes sociais pelo Corpo de Bombeiros mostram o trabalho de combate aos incêndios. Homens da corporação enfrentam altas temperaturas para apagar as chamas e evitar que o fogo se alastre ainda mais pela região.
(Climatempo e Agência Brasil)