A União Europeia (UE) classificou como “horrendo e bárbaro” o bombardeio russo a um mercado no leste ucraniano, nesta quarta-feira (6), provocando pelo menos 16 mortes. “A Rússia continua a aterrorizar a população da Ucrânia. O ataque horrendo e bárbaro com um míssil balístico a um mercado em Kostyantynivka, na região de Donetsk, matou pelo menos 16 pessoas, incluindo uma criança, e feriu dezenas”, condenou em comunicado o porta-voz do alto-representante da UE para os Negócios Estrangeiros.
Na mesma nota informativa, a UE considerou que o ataque decorre de “uma escalada nos últimos meses de ataques com mísseis, de ‘drones’ por toda a Ucrânia”, que têm como alvos pessoas e infraestruturas civis, “que feriram mais de 410 pessoas só nas últimas duas semanas”.
Bruxelas exortou Moscou a “parar imediatamente com esta agressão ilegal e desumana”.
A nota da diplomacia europeia acrescentou que o Kremlin (Presidência russa) está a intensificar os ataques nas regiões de Odessa e por onde passa o rio Danúbio, colocando em causa a segurança alimentar mundial e a fomentar “a lógica da Rússia de maximizar os lucros económicos à custa da Ucrânia”.
O ataque ao mercado de Kostiantynivka, no leste da Ucrânia, foi divulgado pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na plataforma digital Telegram.
“A artilharia dos terroristas russos matou 16 pessoas na cidade de Kostiantynivka, na região de Donetsk”, escreveu Zelensky, referindo um mercado, lojas e uma farmácia atingidos.
O chefe de Estado ucraniano publicou juntamente com a mensagem um vídeo em que se vê o momento da deflagração e alguns dos seus devastadores efeitos sobre o mercado.
“Um mercado normal. Lojas. Uma farmácia. Pessoas que não fizeram nada de mal. Muitos feridos. Infelizmente, o número de mortos e feridos poderá aumentar”, observou, criticando aqueles que “ainda tentam” contemporizar com a Rússia.
A ONU também já condenou o ataque, considerando tratar-se de uma situação “profundamente trágica e inaceitável”. Também recordou que ataques intencionais contra civis constituem “crimes de guerra”.