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Home Cidade e Região

Unicamp e UFSCar realizam primeiro vestibular indígena unificado

Candidatos de etnias espalhadas pelo Brasil sonham com a oportunidade de entrar nas universidades

Redação Por Redação
27 de março de 2022
em Cidade e Região
Tempo de leitura: 4 mins
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Unicamp e UFSCar realizam primeiro vestibular indígena unificado

Beatriz, de 27 anos, da etnia Tupiniquim, sonhar cursar arquitetura - Foto: Leandro Ferreira/Hora Campinas

A Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest) aplicou, neste domingo (27), a prova da primeira edição do Vestibular Indígena Unificado entre Unicamp e UFSCar. O exame foi realizado em seis cidades do país: Campinas, Recife (PE), Dourados (MS), São Gabriel da Cachoeira (AM), Manaus (AM) e Tabatinga (AM).

A prova foi produzida em língua portuguesa, composta de 50 questões de múltipla escolha e uma Redação, da seguinte maneira: Linguagens e códigos (14 questões); Ciências da Natureza (12 questões); Matemática (12 questões); Ciências Humanas (12 questões). A prova teve início às 13h de acordo com o horário de cada localidade e teve quatro horas de duração. 2.805 candidatos se inscreveram, de diferentes etnias e regiões do Brasil.

Para participar do exame, os candidatos precisaram comprovar que pertencem a uma das etnias indígenas do território brasileiro, por meio da documentação especificada no Edital.

Natural de Dourados, no Mato Grosso do Sul, Diogo Pereira de Souza, da etnia Guarani Nhandeva, veio até Campinas prestar o vestibular do olho em uma vaga na universidade. O estudante valorizou a oportunidade e detalhou a realidade da população indígena em sua comunidade.

Diogo Pereira de Souza e Keila Martinez Fernandes, vieram de Dourados, no Mato Grosso do Sul, prestar o vestibular indígena em Campinas – Foto: Leandro Ferreira/Hora Campinas

“Eu acredito que a existência do vestibular indígena é bem recente, acho que tem menos três anos e essa visibilidade na faculdade ainda é muito pequena. Tanto que na porcentagem dos estudantes da Unicamp, os indígenas são uma minoria da minoria. Os estudantes afrodescendentes já tem uma boa visibilidade, você vê bastante pelo campus, e os estudantes indígenas são poucos. É raro você encontrar nos corredores da universidade quem nós chamamos de parentes”, pontuou Diogo.

“Eu acho que (o vestibular) abre muitas portas. Da comunidade de onde a gente vem e como em todo o Brasil, o estudo é muito precário. Na minha concepção como indivíduo, eu não estaria aqui hoje se não fosse o vestibular indígena. Eu não sei como eu conseguiria conciliar o estudo e o trabalho. Na nossa comunidade, os jovens saem do ensino médio e vão trabalhar em lugares que não exigem formação acadêmica, geralmente trabalhos braçais, a grande maioria vai trabalhar nisso. Eu, por exemplo, trabalhei na construção civil na minha adolescência e acredito que é uma importância enorme existir esse espaço de ingresso para os indígenas”, completou.

Diogo relembrou as dificuldades que a população indígena passa no Brasil, inclusive com o preconceito e a marginalização que existe em parte da sociedade. Ele ainda destacou que a oportunidade de prestar o vestibular e ter acesso ao ensino superior, é algo pouco divulgado nas comunidades e aldeias espalhadas pelo País.

“Para ser bem sincero, de onde eu venho existir já é um grande desafio. Pessoas falam que nós somos muito resistentes, mas eu gosto da palavra resiliente, é claro que resiliente na medida do possível. Muitos dos nossos traços são suprimidos, apagados, mas mesmo assim a gente está existindo. Desde o suposto descobrimento do Brasil, estamos por aqui. A minha comunidade é sempre vista como a classe mais baixa da mais baixa, muito marginalizada”, lamentou.

“Nós somos entre 15 e 18 mil indígenas na região e esse vestibular da Unicamp é pouco difundido por lá. Então eu acho que aqui de Dourados, dentro de todos que vieram, estamos entre quatro pessoas. E a comunidade Guarani Nhandeva, socioeconomicamente falando, é uma das mais pobres, e tem jovens muito capazes na nossa comunidade que às vezes necessitam de uma oportunidade, de estar agregando e buscando mais conhecimento”, acrescentou.

Keila Martinez Fernandes, da etnia Guarani Kaiowá, também em Dourados, no Mato Grosso do Sul, veio até Campinas prestar o vestibular indígena sonhando com uma vaga no curso de estudos literários. Ela valorizou a oportunidade de ter chance de acesso à universidade e sonha em levar conhecimento à comunidade que reside.

Vestibular indígena: oportunidade de formação e abertura de espaços na sociedade – Foto: Leandro Ferreira/Hora Campinas

“Eu vejo como um grande reconhecimento estarmos aqui para fazermos a prova. A gente precisa muito dessa oportunidade, somos muito marginalizados e eu quero fazer o curso para estudos literários. Eu estou fazendo um projeto para ajudar minha comunidade, com essa oportunidade eu posso ajudar ainda mais levando o meu conhecimento”, explica.

A estudante Beatriz, de 27 anos, da etnia Tupiniquim, é mais uma jovem que veio a Campinas neste domingo (27) prestar o vestibular indígena. Ela sonha cursar arquitetura e destacou que a universidade abre portas no mercado de trabalho.

“Eu acho que é uma maneira muito grandiosa dos indígenas começarem a ocupar os espaços das universidades, de conseguir ter um diploma, de conseguir ter um curso superior e depois entrar também no mercado de trabalho Então essa oportunidade de ter o vestibular indígena eu considero muito mais grandiosa nas ações afirmativas que realmente contempla as necessidades dos povos indígenas. Os nossos estudos são muito diferentes em comparação ao que chega aos estudantes brancos e (o vestibular indígena) abraça, de fato, os indígenas para conseguir entrar em uma universidade pública”, enalteceu.

Regiane Rodrigues, de 43 anos, da etnia Kaingang, da região de Bauru, no estado de São Paulo, se inscreveu no vestibular com o sonho de cursar medicina. Ela já é formada em enfermagem e tem como objetivo desenvolver um trabalho para atender a população que mora nas comunidades indígenas.

Regiane Rodrigues, de 43 anos, da etnia Kaingang, da região de Bauru, se inscreveu no vestibular com o sonho de cursar medicina – Foto: Leandro Ferreira/Hora Campinas

“É uma oportunidade ótima para nós indígenas, tendo em vista que nós não temos condições financeiras de estar pagando um curso desse nível. Para nós indígenas, é uma oportunidade muito grande, uma porta aberta para mim e para os jovens também”, ressaltou.

“Eu já tenho um nível superior e eu vi a oportunidade de tentar fazer mais uma faculdade. Para o futuro eu pretendo desenvolver meu trabalho voltado para comunidades indígenas, porque eu já trabalho há 21 anos na saúde dos indígenas. Eles são muito carentes de atendimento e também de profissionais especializados”,
finalizou.

Primeira chamada de convocados para matrícula será divulgada dia 18 de abril – Foto: Leandro Ferreira/Hora Campinas

Divulgação dos aprovados

A Comvest irá divulgar a primeira chamada de convocados para matrícula no dia 18 de abril, em sua página eletrônica. A matrícula dos convocados nessa chamada deverá ser realizada de maneira on-line, das 9 horas do dia 19 de abril até as 17 horas do dia 26 de abril, pela internet, na página da Comvest. A segunda chamada será divulgada no dia 2 de maio. Estão previstas até cinco chamadas.

Na UFSCar, essa é a 15ª edição da modalidade de ingresso para estudantes indígenas e na Unicamp, a quarta.

A Unicamp oferece 130 vagas, distribuídas em todos os cursos da Universidade, e a UFSCar oferece até duas vagas, em 65 diferentes opções de cursos. Na última edição oferecida de maneira separada, as universidades somaram 2.409 inscrições, sendo 1.697 na Unicamp e 712 na UFSCar.

Tags: Hora CampinasinclusãoindígenaUFSCarUnicampuniversidadevestibular
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