A Unicamp iniciou os procedimentos para implantação de quatro novos cursos na universidade: Licenciatura em Inglês, Fisioterapia, Direito e História (noturno). O Conselho Universitário (Consu) aprovou, na última terça-feira (8), a abertura do processo. Os projetos de criação, explicou o Pró-Reitor de Graduação, Ivan Toro, terão de ser avaliados por uma comissão especial a ser instalada pela Reitoria.
Após a avaliação, passarão pela Comissão Central de Graduação (CCG) e mais três comissões temáticas da Universidade – Comissão de Orçamento e Patrimônio (COP), Câmara de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) e Câmara de Administração (CAD). Depois de percorrer esse caminho, os projetos serão levados novamente ao Consu para aprovação ou não.
Os novos cursos, se aprovados, ofertarão 40 vagas em Fisioterapia e implicará a contratação 13 professores para a formação. O curso de direito terá 50 vagas e 40 novos professores. Para Licenciatura em Inglês serão 30 vagas e 11 novos professores e para Licenciatura História/Noturno, 52 vagas e 10 professores.
Justificativa
Toro justificou a criação dos novos cursos, dizendo que, das três universidades públicas estaduais de São Paulo, a Unicamp é a que oferece o menor número de cursos. São 69 cursos na Unicamp, contra 183 da Universidade de São Paulo (USP) e 136 da Universidade Estadual Paulista (Unesp). O pró-reitor diz, ainda, que a Unicamp também é a que oferece o menor número de vagas para estudantes entre as três: no total, disponibiliza 3.340 vagas. A USP, por sua vez, disponibiliza 11.147 vagas, e a Unesp, 7.680.
O pró-reitor explicou também as razões pelas quais apresentou os projetos de criação desses cursos agora. A PRG contava com 13 propostas de novos cursos, mas, por questões de infraestrutura, deu-se prosseguimento aos quatro apresentados no Consu.
“No início da gestão, não tínhamos disponibilização de cargos, o que ocorreu apenas recentemente. Além disso, havia a pandemia, e não sabíamos quais seriam as consequências. Mais recentemente, quando tivemos sinais de estabilidade financeira, decidimos levar os projetos em frente”, explicou.
O pró-reitor lembrou que o curso de Direito ainda não tem localização definida.
“Precisamos ter cuidado de não criarmos muitos cursos ao mesmo tempo”, advertiu. “Ainda não temos absoluta certeza sobre nosso financiamento (por conta da reforma tributária) e, às vezes, subir degrau por degrau é mais prudente; até mesmo porque é preciso medir o custo financeiro de cada curso e a expansão de cargos. Mas, agora, ao menos temos um horizonte à frente”, disse ele.
Diretora do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), a professora Andréia Galvão disse que a criação do curso noturno de História era uma reivindicação antiga de estudantes e docentes. “O curso noturno tem perfil diferente, pois potencializa o processo de inclusão”, avalia ela.
A Unicamp conta hoje com cerca de 20,5 mil estudantes de graduação, divididos em 65 cursos, além de mais 120 vagas disponibilizadas no Profis – o curso de ensino superior da Unicamp voltado aos estudantes que cursaram o ensino médio em escolas públicas de Campinas.











