Uma iniciativa inédita no Brasil vai reunir pesquisadores Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da USP (Universidade de São Paulo) e órgaos policiais para o estudo das chamadas Novas Substâncias Psicoativas (NSP) – drogas sintéticas produzidas em laboratório, mas que ainda estão sem a identificação de quais são essas substâncias e os mecanismos de controle.
As NSP são drogas sintéticas que podem ser produzidas a partir de substâncias encontradas ou não na natureza
As NSP são drogas sintéticas que podem ser produzidas a partir de substâncias encontradas ou não na natureza e que têm efeitos semelhantes aos de drogas consideradas tradicionais, como a maconha, a cocaína, o ecstasy e o LSD. O que as torna novas é o fato de muitas não terem suas moléculas ainda descritas quimicamente, o que as exclui da legislação e dificulta seu combate.
O projeto pretende contribuir justamente com a análise e classificação química desses novos compostos, auxiliando na elaboração de protocolos para atendimentos e tratamentos toxicológicos, além de facilitar o controle e o combate a esses novos entorpecentes.
Unicamp vai definir protocolos para a identificação dessas substâncias em pacientes que apresentam quadros de intoxicação
Por meio da parceria, novas substâncias que forem apreendidas pelas polícias serão analisadas e descritas em seu aspecto químico, por meio do trabalho das polícias científicas, e encaminhadas às universidades para que sejam feitos testes de seus efeitos toxicológicos no organismo.
Na Unicamp, as pesquisas serão direcionadas para a definição de protocolos para a identificação dessas substâncias em pacientes que chegam aos hospitais com quadros de intoxicação, além de estudos sobre os mecanismos de ação dessas novas drogas e de recursos que o organismo utiliza para metabolizar as substâncias.
O grupo
O programa contará com a participação de pesquisadores e alunos de pós-graduação da Unicamp e da USP, peritos criminais do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal (INC-PF), da Superintendência da Polícia Técnico-Científica do Estado de São Paulo (SPTC-SP) e da Coordenadoria Geral de Perícias do Estado de Sergipe (CGP-SE). (Com informações da Unicamp)