Por determinação do governo estadual, a campanha de vacinação contra Influenza para a população acima de seis meses foi prorrogada por mais 30 dias, com data prevista para encerramento em 30 de junho. Até o dia 23 de maio, mais de 6,1 milhões de doses do imunizante foram aplicadas em todo o estado, representando uma cobertura vacinal de apenas 32,9%, sendo que a meta é de 90%.
Em Campinas, até o último dia 25, a Secretaria Municipal de Saúde confirmou a aplicação de 200.961 doses da vacina contra a gripe desde o início da campanha, em 10 de abril. O grupo que mais procurou pela vacina é o de idosos, com cobertura de 64%; seguido pelas puérperas, com 49%. Os trabalhadores da saúde têm 40% de cobertura. Os públicos com menor cobertura continuam sendo as crianças entre 6 meses e 5 anos (20% de cobertura) e as gestantes (26%). A meta é alcançar 90% das pessoas em cada grupo.
A gripe geralmente causa apenas febre, espirros, nariz congestionado, cansaço e dores no corpo, mas casos mais graves podem afetar as crianças menores de 6 anos de idade, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades, podendo levar até à morte.
Apenas em 2023, a Secretaria da Saúde do Estado já registrou 86 óbitos decorrentes de casos graves causados pela infecção dos diversos tipos de vírus da Influenza. A vacinação é eficaz em evitar a evolução da doença para estes quadros mais graves.
Em 2022, foram registrados 3.116 casos de gripe em que foi necessária a hospitalização do paciente e 339 mortes. Neste ano, foram registradas 1.257 hospitalizações até a quarta semana de maio. No mesmo período do ano anterior, foram contabilizadas 1.653 internações e 250 óbitos.
Imunização Segura
A vacina, desenvolvida pelo Instituto Butantan, é segura e eficaz. Como o vírus tem alta capacidade de mutação e muda suas características ao longo do tempo, é preciso se imunizar todos os anos. A cepa do vírus H1N1 usada em 2023, por exemplo, é diferente da que foi usada para produzir os imunizantes no ano passado.
Produzida com vírus inativados das três principais cepas em circulação no hemisfério sul, a vacina faz com que o organismo produza anticorpos contra a infecção e estimule a memória das células para que elas aprendam a lidar com o vírus.
Menos de 10% das pessoas que recebem a vacina desenvolvem febre, mal-estar e dores musculares. Geralmente, quem desenvolve esses sintomas está recebendo este tipo de imunizante pela primeira vez. Reações alérgicas são consideradas raras.
Para as gestantes, a vacina não apresenta qualquer risco diferente do que para o resto da população e, além dos benefícios para a mulher, estudos apontam que a proteção contra o vírus influenza foi superior a 60% nos primeiros seis meses de vida dos bebês de mães vacinadas. O imunizante pode ser aplicado em qualquer momento da gestação e para mulheres em puerpério, que é o período de 45 dias após o parto.
Além dos chamados grupos prioritários, que incluem idosos com mais de 60 anos de idade, crianças entre 6 meses e 6 anos, povos indígenas, profissionais da saúde, professores, pessoas com comorbidades, integrantes das forças de segurança e salvamento, integrantes das Forças Armadas, caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo, trabalhadores portuários, funcionários do sistema prisional, adolescentes e população privada de liberdade, em 2023, o Ministério da Saúde ampliou a vacinação para todas as pessoas com mais de 6 meses de idade.