Depois de três meses de duração, o racionamento de água em Valinhos deverá ser suspenso, segundo previsão da prefeita Capitã Lucimara feita nesta terça-feira (30). De acordo com ela, as restrições de fornecimento serão suspensas em dois dias, graças a um acordo de compra de água assinado nesta terça junto à prefeitura de Campinas.
Valinhos vai comprar de Campinas, o equivalente a 25 litros de água tratada por segundo, até o limite de 800m3.
Com essa quantidade, a prefeita avalia que o abastecimento na cidade poderá ser normalizado. A água de Campinas será levada a Valinhos por meio de uma tubulação de 20 cm de diâmetro e 700 metros de extensão.
“Nós estamos definindo os últimos detalhes, como a colocação do hidrômetro, que vai medir a quantidade de água que está sendo transferida e a desinfecção da rede. A previsão é que o fornecimento comece em dois dias e a partir daí começaremos a sair do racionamento”, disse a prefeita.
Campinas vai cobrar o equivalente a R$ 4,80 por m3 e, a princípio serão R$ 300 mil por mês por um período de 12 meses.
“Nós estamos cobrando apenas o nosso custo – que é de captação, tratamento e distribuição. Nada além disso. Não é intenção da Sanasa ou de Campinas ganhar dinheiro em cima da dificuldade dos outros”, afirmou o prefeito de Campinas, Dário Saadi.
O presidente da Sanasa, Manuelito Magalhães Jr. garante que esse tipo de transação é comum no setor. “Há casos em Sumaré, onde a empresa concessionária compra água da Sabesp; ou mesmo em Campinas, onde, em determinadas regiões, fica mais barato comprar da Sabesp do que montar uma infraestrutura nossa”, disse.
O presidente do Departamento de Água e Esgoto de Valinhos, Ivair Nunes Pereira lembrou que a cidade também tem acordos semelhantes com Itatiba.
Valinhos entrou em racionamento oficialmente no dia 27 de agosto. No mês de outubro, chegou a declarar que a captação estava perto de zero nos mananciais internos.