A venda de imóveis usados caiu 31,05% em Janeiro comparado a dezembro, na região de Campinas, segundo pesquisa feita com 155 imobiliárias e corretores de 20 cidades pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CreciSP). A pesquisa mostrou ainda que a locação de imóveis residenciais interrompeu uma tendência de queda e cresceu 1%.
O crescimento de 1% no volume de imóveis alugados se segue à queda de 3,07% registrada em dezembro, quando a pesquisa feita pelo CreciSP nessa região completou oito meses.
“Em um momento em que temos 76,1% das famílias endividadas, inflação em alta, poder aquisito em queda, juros na casa dos dois dígitos e desemprego elevado, não surpreende que tanto a locação quanto a venda de imóveis apresentem resultados como esses”, afirma José Augusto Viana Neto, presidente do CreciSP.
Ele vê quase como “simbólica” a alta de 1% nas locações em Janeiro, mas diz esperar melhora nos próximos meses com a retomada das aulas presenciais em faculdades e universidades.
“Há muitos centros universitários em cidades da região e o movimento de retorno dos alunos que vêm de outros locais deve aumentar a procura por imóveis de aluguel”, pondera Viana Neto.
Em Janeiro, o aumento das locações ficou concentrado em imóveis com aluguel de até R$ 1.500,00 (57,62%) localizados em bairros de periferia (41,51%), centrais (35,22%) e de áreas nobres (23,27%) e dos padrões construtivos médio (51,91%), standard (30,53%) e luxo (17,56%).
As casas somaram 58,59% do total de imóveis alugados e têm dois dormitórios (48,72%), três (33,33%), um (10,26%) e quatro (7,69%). A área útil dessas residências é diversa, com 43,59% medindo de 51 a 100 metros quadrados; 28,21% de 101 a 200 m2; 20,51% de 201 a 300 m2; 2,56% de 301 a 400 m2 e 5,13% com até 50 m2. A maioria tem duas (43,59%) ou uma vaga de garagem (38,46%).
Com 41,41% dos novos contratos formalizados em Janeiro, os apartamentos mais alugados têm dois dormitórios e uma vaga de garagem (65%) e área útil de 51 a 100 metros quadrados (45%) e até 50 m2 (45%).
Os mais vendidos
As 155 imobiliárias das 20 cidades que responderam à pesquisa venderam mais casas (59,68%) do que apartamentos (40,32%) e concentrados nas faixas de preços de até R$ 300 mil (53,71% do total).
Esses imóveis estão distribuídos por bairros de periferia (39,42%), de áreas nobres (33,65%) e centrais (26,92%) e são na maioria de padrão construtivo médio (58,06%).
Os bancos financiaram a compra de 45,57% dos imóveis, os proprietários parcelaram o pagamento de 26,58% e compradores pagaram à vista outros 27,85%.
A pesquisa CreciSP apurou que 51,43% das casas vendidas tem três dormitórios e 40% têm dois, com as de um dormitório, quatro e cinco ou mais somando 2,86% cada.
A área útil das casas varia de 51 a 100 metros quadrados (34,29%), de 101 a 200 m2 (34,29%), de 201 a 300 m2 (20%) e até 50 m2 (5,71%). A maioria tem duas vagas de garagem (54,29%).
Os apartamentos vendidos em Janeiro têm dois (78,95%), três (10,53%) ou um dormitório (10,53%) e contam com área útil de 51 a 100 metros quadrados (47,37%), até 50 m2 (47,37%) e de 101 a 200 m2 (5,26%).
Dispõem de uma vaga de garagem 84,21% deles, de duas 10,53% e de três, 5,26%.
A pesquisa CreciSP foi feitas nas cidades de Águas de Lindóia, Americana, Amparo, Artur Nogueira, Campinas, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna, Mogi Guaçu, Mogi Mirim, Monte Alegre do Sul, Nova Odessa, Paulínia, Santa Bárbara D´Oeste, Santo Antonio de Posse, São João da Boa Vista, Sumaré, Valinhos e Vinhedo.