Os protocolos para atendimento a casos de violência contra a mulher serão alterados em Campinas. Um acordo firmado nesta sexta-feira (14) entre a Prefeitura e a Polícia Civil prevê que as duas instituições troquem notificações sobre os casos e definam procedimentos conjuntos de atendimento.
A partir de agora, os casos registrados na Polícia deverão ser notificados aos órgãos de assistência da Administração Municipal. O mesmo protocolo de notificação será feito por parte da Administração Municipal para a Polícia Civil.
A primeira reunião para definir os protocolos de informações e atendimento, foi realizada hoje. Além da notificação, a ideia é estabelecer procedimentos definidos de cada lado, para encaminhamento e amparo às vítimas.
A secretária de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos de Campinas, Vandecleya Moro, disse que, muitas vezes, em função do constrangimento da situação, vítimas de violência doméstica evitam delegacias e acabam se deslocando para as unidades de saúde ou de assistência social para pedir ajuda.
“Precisamos ter um fluxo de atendimento estruturado para que as vítimas de violência recebam atendimento em todas as áreas públicas”, afirmou a secretária.
Segundo dados da SSP (Secretaria de Segurança Pública), 179 mulheres morreram vítimas de feminicídio no ano passado no estado de São Paulo. Ainda segundo a secretaria, mais de 55 mil mulheres foram ameaçadas e 2,5 mil foram vítimas estupro.
No dia 10 de maio, Campinas registrou o primeiro caso de feminicídio do ano, quando uma mulher de 46 anos foi morta pelo marido. O corpo dela foi encontrado carbonizado ao lado de um carro incendiado.