Julho irá terminar com temperaturas baixas e possibilidades de chuva, porém, a mudança do clima não deve interferir no fato de que este foi o mês de julho mais quente em 31 anos, desde o início da série histórica de medições realizadas pelo Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri da Unicamp), em 1991. Até o momento, também se encaixa entre os três meses de julho em 31 anos em que não houve registro significativo de chuva – a última vez foi em 2017.
“Julho é o mais quente desde 1991, quando comecei a fazer análise”, confirma Bruno Kabke Bainy, meteorologista do Cepagri. Ele explica que não houve nenhum recorde pontual de máxima durante o mês, e que as temperaturas se mantiveram elevadas ao longo de todo o período. “Inclusive, a segunda quinzena teve temperaturas ainda mais elevadas”, acrescenta. A máxima, diz, foi registrada dia 17, quando a estação do Cepagri em Barão Geraldo registrou 30,3°C.
As condições do tempo em Campinas e região mudarão a partir desta sexta-feira (29). A passagem de uma frente fria pode trazer chuva à tarde e à noite e deve derrubar as temperaturas no sábado, quando os termômetros poderão marcar 22°C de máxima e mínima de até 8°C no sábado (30).
A condição de baixa temperatura, no entanto, deve durar pouco, segundo a meteorologia. Agosto começará com temperaturas próximas aos 25° e mínimas acima dos 10°C. A partir daí, as temperaturas voltam a subir.
“Uma frente fria vai passar pela região nesta sexta-feira e derrubar as temperaturas. Julho vai terminar com dias frios e agosto começar com dias mais ou menos frios, mas com a temperatura voltando a seguir. A sensação de frio predomina nas manhãs”, antecipa o meteorologista.
Bainy aponta que o mês de agosto não deverá ser muito diferente de julho.
“Agosto é um mês tipicamente com menor volume de chuva acumulado, em que a temperatura volta a subir”, reafirma. “A primeira quinzena deve ser um período quente e um pouco mais próximo da normalidade na segunda quinzena de agosto.”
Com relação às chuvas de agosto, predominantemente um mês seco, há expectativa de algum episódio de chuva mais significativo do dia 8 ao dia 15. “São expectativas ainda”, reforça o meteorologista.